Impacto do 5G e das ferramentas imersivas no consumo e no trabalho, além de funcionalidades de APIs abertas estão na pauta do Mobile World Congress.
Maior evento de conectividade do mundo, o Mobile World Congress (MWC) espera reunir 80 mil participantes de 27 de fevereiro a 2 de março, número que representa crescimento de 30% em relação ao ano passado. Em termos de expositores, a expectativa é receber 2,5 mil, um terço a mais do que em 2022. Em sua 37ª, o evento acontecerá mais uma vez no Fira Gran Via, em Barcelona. A feira deve movimentar € 350 milhões na cidade e gerar 7,4 mil empregos.
Na programação de palestras e debates, que terá a participação de executivos de teles, fabricantes de dispositivos, provedores de tecnologia, fornecedores e produtores de conteúdo, estão previstos temas como a aceleração do 5G, a tecnologia imersiva como novo hábito de consumo, as funcionalidades de APIs abertas em prol de proposta de valor às teles, a revolução causada pelas fintechs no setor financeiro e o digital como valor para diversas indústrias.
Estão na lista de palestrantes Börje Ekholm, presidente e CEO do Grupo Ericsson; Bob Sternfels, global managing partner da McKinsey & Company; Pekka Lundmark, presidente e CEO da Nokia; Cristel Heydemann, CEO do Grupo Orange; Martin Sorrell, fundador e chairman da S4 Capital; Sébastien Borget, cofundador e COO da The Sandbox; José María Álvarez-Pallete, chairman e CEO da Telefónica; Margherita Della Valle, CFO e CEO interina do Grupo Vodafone; e Cui Li Maggie, chief development officer da ZTE.
À medida que as tecnologias permitem novos pontos de contato na jornada entre marcas e clientes, e que os modelos de negócios começaram a, de fato, se adaptar a essa realidade, o que atrai a atenção dos usuários é uma experiência excepcional. Assim, nesse contexto, painéis debaterão como a quinta geração de tecnologia móvel e as ferramentas imersivas estão mudando a maneira como as pessoas vivem, trabalham e consomem informações e mídia.
API aberta também será destaque na pauta, já que a combinação de recursos como 5G, internet das coisas (IoT) e nuvem com as funcionalidades de uma interface de programação de aplicação promete ajudar as teles a criar uma proposta de valor diferenciada, com oferta de serviços digitais escaláveis.
Tokens não fungíveis (NFTs), criptomoedas e blockchain, além do impacto das fintechs no setor financeiro, também estarão na pauta. O mobile banking e as moedas digitais não servem mais apenas para tornar os pagamentos mais eficientes. Estão fornecendo aos consumidores novas maneiras de fazer transações dentro da economia digital global. A expansão de tecnologias representa oportunidade de criação de valor para o setor móvel.
Realizado desde 2006 em Barcelona, o MWC seguirá na cidade até pelo menos 2030. A GSMA, associação que representa os interesses das teles no mundo e que organiza o evento, anúncio a decisão em junho do ano passado. A primeira edição do MWC aconteceu em Bruxelas, na Bélgica, em 1987, sob o nome Pan-Europe Digital Cellular Radio Conference. A partir de 1990, quando aconteceu em Roma, na Itália, o evento passou a se chamar GSM World Congress. Nesse período, foi realizado em cidades diferentes a cada ano. Em 1996, se mudou para Cannes, na França, onde foi realizado durante dez anos. Em 2003, mudou o nome para 3GSM World Congress. Passou a se chamar Mobile World Congress em 2008. O MWC também acontece em Xangai, na China; Las Vegas, nos Estados Unidos; e Kigali, Ruanda.
Fernando Murad e Victória Navarro
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