Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Confira os países que podem levar à próxima crise mundial - e não são os "5 frágeis"

Confira os países que podem levar à próxima crise mundial - e não são os "5 frágeis"

Por InfoMoney  

SÃO PAULO - A turbulência dos mercados emergentes é vista como uma possível sinalização para uma nova crise, após a euforia de anos atrás com a criação da sigla BRICs (Brasil, Índia, Rússia e China) em 2001 por Jim O'Neill. Esse acrônimo indicava os países que poderiam guiar o sentimento econômico mundial mas, anos depois, esta sigla acabou sendo vista com desconfiança pelo mercado.

E, em agosto de 2013, surgiu uma nova denominação, cunhada pelo Morgan Stanley: os chamados Cinco Frágeis, formado pela Indonésia, África do Sul, Brasil, Turquia e Índia, designando os países mais vulneráveis à mudança econômica global, em meio ao início da redução estímulos à economia nos EUA. Contudo, conforme destaca o colunista do Market Watch, Matthew Lynn, se uma grande tempestade vier a ocorrer, ela não virá destes emergentes.

"Os reais 'Cinco Frágeis' não são os cinco mercados emergentes mencionados pelo Morgan Stanley mas, de fato, economia em que não estão tanto no radar do mercado. E os riscos estão mais concentrados nos países desenvolvidos do que nos emergentes. Confira quais são os países que podem desencadear uma crise global, segundo o Market Watch:

1. França

Um dos pontos bastante preocupantes é o alto nível de endividamento, que pode chegar a 95% do PIB (Produto Interno Bruto) já neste ano, como o próprio governo admite, perto do nível de 100% que começa a ser considerado fora do controle. E o país está à beira de uma recessão, afirma o colunista, mesmo que o resto da zona do euro testemunhe uma modesta recuperação.

O desemprego registra alta, enquanto o déficit da balança comercial tem aumentos sucessivos - um sinal preocupante para a que era tradicionalmente uma grande produtora e exportadora.

2. Reino Unido

O Reino Unido está se recuperando a uma das taxas mais rápidas do mundo desenvolvido e o desemprego está bruscamente mais baixo. "Mas não se deixe enganar", ressaltou o colunista.

"Na verdade, os britânicos têm habilmente recriado uma mini-versão do boom de 2005-2008. Com aumento da dívida, os preços das casas sobem, fazem a economia se reaquecer, com um grande aumento da dívida pública. Mas é tão desequilibrado como sempre foi e o setor bancário está inchado. O déficit comercial está ficando perto de 4% do PIB - maior do que a "frágil" Indonésia e não muito menor do que o da Índia.

E ressalta: se há uma economia vulnerável a uma corrida contra a sua moeda, é a britânica.

3. Alemanha

A Alemanha, considerada o país "forte" da Europa, só parece ter toda essa força quando comparado aos fracos que estão ao seu redor, afirma o colunista. A produção industrial caiu 0,6% em janeiro e as vendas no varejo caíram 2,5% em dezembro, subindo quase que um imperceptível 0,1% ao longo de 2013. E a economia alemã deverá se expandir 0,25% no quarto trimestre.

E ressalta: com o envelhecimento da população, o aumento dos custos de energia e mercados mais regulados, a economia alemã é um "acidente esperando para acontecer", afirma o colunista.

4. Austrália

Na última década, a Austrália tem se transformado em uma mina enorme para as fábricas chinesas mas, apesar de todas as exportações, o país ainda consegue registrar m grande déficit comercial - mais de 3,5% do PIB, mesmo que tenha havido uma diminuição nos últimos meses.

"É um sinal claro de que os australianos têm vivido além dos seus meios", aponta o Market Watch. E avalia: mais cedo ou mais tarde, a economia chinesa vai reequilibrar a sua demanda, passando de bens tipos como "hard commodities", do setor de mineração, para se focar mais em bens e serviços, o que pode colocar a economia do país em apuros.

5. Canadá

O colunista destaca a preocupação do Canadá em relação a uma bolha imobiliária totalmente desnecessária, em meio ao forte corte de taxa de juros. Agora que a economia abrandou, os sinais de uma possível crise são bastante fortes.

Ele ressalta que ninguém sabe precisamente de onde a próxima crise virá, mas avalia que o problema de crescimento virá do mundo desenvolvido, tal como aconteceu em 2008 - e esses cinco países são pontos de inflamação em potencial.

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