Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Confrontos entre a Polícia e Trabalhadores da Indústria Têxtil - Bangladesh

Font:|jornalagora.com.br|

Confrontos entre a polícia e trabalhadores da indústria têxtil

Um novo balanço das autoridades eleva para ao menos três os mortos durante confrontos entre a polícia e trabalhadores da indústria têxtil que protestavam em Dacca e Chittagong, em Bangladesh. Mais de 250 pessoas ficaram feridas quando a polícia lançou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão neste domingo.


A polícia disse que três trabalhadores morreram e cerca de 150 ficaram feridos na cidade portuária de Chittagong, a cerca de 300 km sudeste da capital Dacca - onde cerca de 50 manifestantes ficaram feridos. A agência de notícias "United News of Bangladesh" disse que as três vítimas foram baleadas. A polícia não confirmou a causa da morte.


Mais cedo, a polícia disse que cerca de 4.000 trabalhadores atacaram os agentes e vandalizaram ao menos 20 veículos. Os agentes levaram horas para retomar o controle da situação. A violência forçou cerca de 300 unidades industriais, a maioria fábricas têxteis, a fechar na Zona de Processo de Exportação de Chittagong. A zona abriga cerca de 70 empresas estrangeiras, a maioria na área têxtil, de sapatos ou bicicletas e que empregam 150 mil pessoas. Funcionários das fábricas e a polícia disseram que os locais seriam reabertos assim que possível.


O governo elevou o salário mínimo para a indústria têxtil há alguns meses, mas os manifestantes alegam que não estão sendo pagos de acordo. O mínimo foi elevado de 1.662 tacas (R$ 40) a 3.000 tacas (R$ 72), obrigatório a partir de 1º de dezembro. Este foi o primeiro aumento desde 2006.


A indústria têxtil representa mais de 80% das exportações de Bangladesh, no valor de mais de US$ 16 bilhões. Os clientes incluem marcas mundialmente conhecidas, como Wal-Mart, Tesco, Zara, Carrefour, Gap, Metro, JCPenney (da marca Lojas Renner, no Brasil), Kohl's, Levi Strauss e Tommy Hilfiger.

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Comentário de Textile Industry em 13 dezembro 2010 às 9:40

Fonte:|jb.com.br|

Distúrbios em Bangladesh prosseguem após a morte de operários

DACCA - Milhares de operários têxteis que fabricam roupa para as principais marcas ocidentais bloquearam estradas nesta segunda-feira e ocuparam fábricas em Bangladesh, um dia depois da morte de quatro manifestantes que protestavam contra seus baixos salários.

Segundo a polícia, cerca de 5.000 operários realizaram um protesto numa fábrica de Gazipur, norte do país, e outros 5.000 trabalhadores interromperam sua atividade na zona exportadora de Ashulia, noroeste de Dacca.

Os operários, quatro dos quais morreram no domingo quando a polícia abriu fogo contra manifestantes, pedem um aumento de seu salário mínimo aprovado pelo governo em julho passado.

As 4.500 fábricas têxteis de Bangladesh, onde se produz roupa para varejistas como Wal-Mart, H&M e Levi Strauss, pagam a seus trabalhadores cerca de 3.000 taka (43 dólares) por mês, um aumento de 80% em relação a 2006.

No domingo, quatro pessoas morreram na cidade portuária de Chittagong (sudeste), quando a polícia disparou e lançou gases lacrimogêneos para tentar controlar os distúrbios.

Os tumultos também ocorreram em função do anúncio do fechamento por parte do grupo sul-coreano Youngone de suas 17 fábricas no país. A companhia, com um faturamento de 1,2 bilhão de dólares e considerada o primeiro exportador de Bangladesh, disse que os danos causados foram avaliados em 15 milhões de dólares. O grupo também afirmou que vários de seus diretores foram agredidos pelos operários.

O setor têxtil representa 80% das exportações anuais deste país, que somaram em 2009 um total de 16,2 bilhões de dólares. As fábricas têxteis de Bangladesh empregam mais de três milhões de operários, 85% deles mulheres.

Comentário de Julio Cesar de Souza em 13 dezembro 2010 às 7:35

Comentário de Julio Cesar de Souza(Representante Comercial de insumos têxteis p/ Confecções).

Se as grandes marcas não contribuirem com esse espetáculo de horror(salários miseráveis) eles terão

muita dificuldade de colocação de seus produtos nos mercados e reduziríamos as dificuldades enfren-

tadas por nossas indústrias que concorrem com elementos desleais como o trabalho escravo exercido

tanto na Índia como na China. É como combater o narcotráfico se param de consumir eles quebram.

Comentário de João Luís Favari em 13 dezembro 2010 às 6:55

Com estas condições de trabalho não existe cidadão no mundo que não fique revoltado com o trabalho, ganhando o que ganha! Vergonhoso...

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