Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Copom mantém juros em 7,25% ao ano


Fonte: Folha de São Paulo


O Banco Central manteve ontem, em decisão unânime, o juro básico da economia brasileira, a taxa Selic, em 7,25% ao ano.

Foi a terceira reunião seguida do Copom (Comitê de Política Monetária) em que a taxa -que está no menor nível da história- foi mantida.

O último corte, de 7,5% para 7,25%, ocorreu em outubro de 2012. Desde agosto de 2011, a Selic caiu 5,25 pontos percentuais, em dez reduções consecutivas.

"O comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", informou o órgão.

A decisão confirmou a principal aposta de economistas, que ganhou mais força após a divulgação do fraco desempenho da economia brasileira no ano passado -com expansão de 0,9% em 2012, abaixo das estimativas. Além do PIB) fraco, pressões políticas do governo por juros baixos também foram apontadas por especialistas para justificar a manutenção da Selic no patamar atual, apesar da alta da inflação.

"Prevalece no governo a visão de que a inflação irá retomar a queda no segundo semestre, quando se espera que os efeitos da desvalorização do real [em relação ao dólar] percam força", diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil.

"A presidente Dilma já discursou em público a favor da manutenção do juro por um longo período de tempo", acrescenta Elad Revi, analista da Spinelli Corretora.

Um aumento de juros, porém, caso a inflação não ceda, não é descartado.

Na avaliação de Samy Dana, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), caso a inflação pressione, o Copom poderá subir a Selic já na próxima reunião, em abril.

"A inflação neste ano deve ficar em 5,8%, bem próxima do teto da meta estipulada pelo governo, que é de 6,5%."

Thais Zara, economista-chefe da Rosenberg & Associados, acredita que, na próxima reunião, o Copom deverá subir a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. "Além disso, vemos mais duas altas de 0,5 ponto percentual, em maio e em julho, o que levaria a Selic para 8,5% ao ano no fim de 2013."

Já Alcides Leite, economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, afirma que o governo "está aceitando uma inflação mais alta, desde que ela não supere o teto da meta". Para o especialista, o juro básico poderá ser mantido até o fim do ano.

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