Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|coletivo.maiscomunidade.com|

Projeto aplicado no DF pela Peiex e CDT-UnB tem como objetivo ajudar a solucionar os problemas das confecções da região. A principal reclamação dos empresários é a falta de mão-de-obra capacitada

Empresários da indústria do vestuário têm a chance de ampliar seus conhecimentos e capacitar mão-de-obra por meio do projeto Costura-se Ideias, uma iniciativa da ApexEmpresários da indústria do vestuário têm a chance de ampliar seus conhecimentos e capacitar mão-de-obra por meio do projeto Costura-se Ideias, uma iniciativa da Apex
Uma das principais queixas dos empresários ligados ao segmento do vestuário é a falta de mão-de-obra qualificada para o setor. Acontece de grandes empresas, com estruturas consistentes, também sofrerem com a grande deficiência de mão-de-obra e falta de qualificação específica.
“Notamos que há muito potencial nas confecções do Distrito Federal, no entanto, há um certo atraso em relação a outras cidades. O acabamento, por exemplo, muitas vezes, deixa a desejar. O que diminui as possibilidades dessas empresas crescerem e começarem a exportar. Acredito que isso aconteça devido à pouca qualificação dos profissionais de Brasília”, explica o coordenador do projeto Peiex, Raymundo Monte.

Peiex – Projeto Extensão Industrial Exportadora da Agência Brasileira de Promoção de Exportação, e o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT-UnB) são os responsáveis pela implementação da ação Costura-se Ideias no Distrito Federal, uma iniciativa da Apex Brasil. A meta é atender os empresários que têm confecção própria.

Para tanto, desde segunda-feira, os empresários do setor puderam esclarecer suas dúvidas e aprender novos conceitos nas palestras e oficinas realizadas gratuitamente no Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa (Unicesp). “Vale ressaltar que a ação não terminou. Ainda estamos realizando os diagnósticos e há vagas para outras empresas que decidirem entrar no projeto”, afirma o coordenador.

Questões sobre modelagem, processos de confecções, gestão estratégica, acesso ao crédito, apoio à exportação, normatização de uniformes, entre outras, foram exploradas pelo corpo docente, que trouxe conceitos inéditos para a cidade.

“As oficinas foram ministradas por profissionais do Senai-Cetiqt do Rio de Janeiro, eles apresentaram várias técnicas inovadoras para o setor. Todos os temas foram escolhidos com base nas carências dos profissionais locais”, lembra Raymundo.

O evento conta também com diversas empresas parceiras, todas de áreas bem distintas, entre elas, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal, Polo de Moda, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Associação Educativa do Brasil. (Com a colaboração da estagiária Ana Carla Rodrigues).

Mais do projeto

Raymundo Monte, coordenador do projeto Peiex, acredita na indústria local: “Notamos que há muito potencial nas confecções do Distrito Federal, no entanto, há um certo atraso”Raymundo Monte, coordenador do projeto Peiex, acredita na indústria local: “Notamos que há muito potencial nas confecções do Distrito Federal, no entanto, há um certo atraso”
O Costura-se Ideias é um evento complementar à inciativa do Peiex, que já vem atendendo as empresas do DF desde de fevereiro. “Estamos trabalhando com 220 empresas que exercem processos criativos. Dessas, cerca de 80 pertencem ao setor de vestuário e grande parte são do Polo de Moda do Guará, mas há confecções e empresas de vários outros pontos do DF”, explica o coordenador Raymundo.

Para escolher as empresas que serão atendidas pela iniciativa, vários funcionários saem visitando as confecções e lojas da região. “Trabalhamos com uma equipe composta por sete consultores que fazem diagnósticos sobre a gestão de administração e o processo produtivo”, complementa.
“Muitas empresas nos procuram buscando a participação no projeto. O empresário recebe a visita de um consultor. O profissional avalia a empresa e pontua os principais problemas fazendo um diagnóstico preciso. Após ser levantado o diagnóstico, são expostas duas soluções possíveis para o problema. Depois, fica a cargo do empresário, colocar as medidas em prática. Para finalizar o processo, fazemos a intermediação entre a empresa e os nossos parceiros”, esclarece Raymundo.
Criado inicialmente para ter duração de aproximadamente um ano, o projeto poderá se prorrogado por mais um período. Há tempo para novas inscrições.


Principais demandas
Com o passar dos meses envolvido no projeto, Raymundo Monte já consegue identificar diversas demandas comuns entre as empresas da cidade. Segundo o coordenador, o principal problema diagnosticado pelos consultores é a falta de treinamento. “Sem sombra de dúvida, nossos diagnósticos apontam a falta de mão-de-obra espacializada como o principal agravante para a situação dessas empresas. Mesmo com um tempo razoável de mercado, cerca de 5 a 15 anos, elas não podem crescer como o esperado devido a essa carência. A segunda maior dificuldade é a falta de acesso ao crédito, o que também limita a expansão. O terceiro fator mais recorrente é a dificuldade de acesso às novas tecnologias e o quarto e quinto são a dificuldade de acesso à exportação e aos representantes”, pontua o Raymundo.

Empresários aprovam o projeto

A iniciativa tem rendido muitos elogios dos empresários envolvidos, grande parte tem conseguido resultados positivos após adesão ao projeto. O proprietário da confecção Proteção da Pele, em Ceilândia, José RIbeiro, afirma satisfação. “Estou envolvido com o Costura-se Ideias há menos de um mês, mas acredito que já está sendo um grande aprendizado. Acho que todo lojista deve aproveitar qualquer oportunidade oferecida. Ainda estou estudando a melhor forma de colocar as novidades em prática”, garante. A empresária concorda com o colega e pontua que deve aproveitar os conhecimentos adquiridos em todo processo para colocar em prática um antigo projeto. “Trabalho com bijuterias há seis anos e há quatro mantenho minha empresa, a MC Comércio e Exportação. Fiquei sabendo do Peiex por um parceiro. Logo me identifiquei com a ideia”, conta Jaqueline.

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