O sacerdote egípcio vestia belas roupas de couro. O viajante ficou impressionado.
“São feitas no templo”, respondeu um sacerdote. “Quer ver?”
Os dois foram até lá. Em cada sala havia uma etapa do processo: costura, tingimento, corte, bordados. Mas, quando caminhavam por uma das muralhas do templo, ele sentiu o cheiro de podridão.
“É o couro sendo curtido ao sol”, disse o sacerdote.
“Que horror! Vocês não podiam fazer isto num lugar distante?”
“Sim, podíamos. Mas é bom fazê-lo aqui, porque nos ensina algo. Se tivermos paciência, este cheiro repulsivo passará e poderemos trabalhar o couro. Da mesma maneira, o tempo ajuda os homens a vencer as próprias fraquezas, e podemos trabalhar suas qualidades”.
http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2013/09/24/das-roupas-2/
por Paulo Coelho
Nasrudin foi convidado para uma festa na casa de um homem rico. Apareceu com a túnica surrada e o turbante gasto pelo tempo.O anfitrião mandou-o embora. Nasrudin foi à casa de um amigo, pediu suas roupas emprestadas, e retornou à festa. Desta vez foi bem recebido, e colocado num lugar de honra.
Durante o banquete, Nasrudin ia jogando as frutas e a comida pela manga da túnica. “O grande sábio está calado, e se comportando de maneira estranha”, disse o dono da casa.
“A vaidade humana prefere a aparência ao conteúdo” respondeu Nasrudin. “Cheguei como sou, e o senhor não me recebeu. Mudei de roupa, e me aceitaram”.
“Então fico quieto, já que minha palavra não interessa. E dou de comer a estas roupas, as verdadeiras convidadas da festa”.
por Paulo Coelho
http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2013/07/11/da-roupa-ii/
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