Por: Felipe Moura Brasil
O procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, escreveu nas redes sociais, na madrugada desta terça-feira, sobre a proposta do governo de repatriar recursos:
“Projeto previsto para ser votado no Congresso (#PL2960/15) a partir de hoje, 10/nov, ao invés de diminuir a corrupção, abre espaço para ela e garante a impunidade de crimes, ao regularizar dinheiro ilegal no exterior. Sou contra, compartilho.”
Dallagnol compartilhou a seguinte nota do Ministério Público Federal, publicada horas antes no Facebook:
“Imagine todos aqueles suspeitos de crimes como evasão de divisas que possuem contas secretas no exterior e não declaradas à Justiça brasileira ficarem impunes?
Existe um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional que faz isso mesmo, ou seja, regulariza o dinheiro que está no exterior de forma não declarada, sem a garantia de trazê-lo de volta ao Brasil.
É o PL 2960/15, ele está previsto para ser votado no plenário da Câmara a partir desta terça-feira, 10 de novembro.
Para o MPF, essa é uma janela de impunidade que poderá ser uma verdadeira blindagem a favor dos criminosos e investigados nas grandes operações contra a corrupção em andamento no país.”
Uma janela, relembro, que ainda prejudica os procedimentos de recuperação de ativos que têm sido exitosos e estão em curso.
A Lava Jato é responsável pela volta ao Brasil de R$ 2,4 bilhões perdidos para a corrupção – um terço dos R$ 7,2 bilhões já comprovadamente desviados pelo esquema da Petrobras.
Isto, sim, é repatriação de recursos. O resto é passe livre para a lavagem de dinheiro, como querem os especialistas do PT e seus comparsas do PMDB.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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