O ditado é antigo: quem fala o que quer, ouve o que não quer. A lição a ser aprendida com ele é óbvia: não dá para sair falando tudo o que der na telha, com pena de sofrer as consequências. Esse conselho também vale para as redes sociais, embora algumas pessoas não se deem conta disso.
O fenômeno é tão recente quanto os canais que o viabilizam, mas tem acontecido com uma frequência assustadora. São comuns os casos de pessoas que se complicam profissionalmente por conta de postagens no Twitter. E, em alguns casos, o resultado é a demissão, renúncia e até mesmo fim da carreira. Relembre alguns desses casos e evite deores de cabeça em sua vida profissional ou nos negócios.
1) Assédio virtual
O deputado norte-americano Anthony Weiner usava a conta no microblog para enviar fotos eróticas para algumas seguidoras. Uma estudante, que foi brindada com um close de Weiner de cuecas, denunciou o assédio virtual.
A conta de Twitter do deputado tinha mais de 75 mil seguidores e várias fotos apareceram após a primeira. Weiner admitiu o erro e acabou renunciando após mais de 20 anos de uma carreira de sucesso. Ele se reelegeu seis vezes e era um nome forte do Partido Democrata para disputar a prefeitura nova-iorquina em 2013.
2)Patrocinador do time adversário
Outro caso que ficou famoso no Brasil foi o do diretor da Locaweb, Alex Glikas, que foi demitido após ironizar via Twitter o São Paulo Futebol Clube, time patrocinado pela empresa em que trabalhava.
Corintiano declarado, o executivo postou xingamentos contra os torcedores são paulinos e deixou a companhia em situação delicada, já que a empresa havia firmado um contrato de aluguel por dois jogos com o clube.
3)Estagiária preconceituosa
Também de grande repercussão foi o caso da estudante de Direito Mayara Petruso. Algumas horas após a divulgação do resultado final do segundo turno à Presidência da República, e revoltada com o resultado das apurações, ela tuitou ofensas à nordestinos.
A repercussão foi imediata e a mensagem começou a se espalhar como um vírus pelo Twitter, pois os demais usuários ficaram indignados. O assunto gerou tanta repercussão que foi parar no Trending Topics.
Na tentativa de aliviar a situação, Mayara excluiu as mensagens ofensivas além de configurar a privacidade de sua conta, de forma que somente seus seguidores tivessem acesso. Mas as mensagens já haviam sido indexadas por outros serviços integrados ao Twitter.
A Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) denunciou a estudante ao Ministério Público Federal pelos crimes de racismo e incitação pública de ato delituoso – no caso, homicídio.
4)Fogo amigo contra Sarney
Não se sabe o autor, mas é pouco provável que ele tenha ficado impune após o erro. No dia em que Ronaldo Fenômeno anunciou sua aposentaria, um post publicado na página oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) no Twitter questionava quando seria a vez do o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Na ocasião, a publicação foi apagada e o STF divulgou uma nota onde pedia desculpas aos seguidores e repudiava o conteúdo do post. Segundo o STF, o responsável pela “brincadeira” foi um funcionário terceirizado e que pensava estar publicando na sua página pessoal.
5) Jornalismo
A imprensa também tem casos de demissões causadas pelo Twitter. Um editor-assistente da Folha de S.Paulo e uma repórter do jornal Agora (do mesmo grupo) perderam o emprego por postarem comentários, nos seus perfis pessoais do microblog, relembrando a publicação antecipada do obituário do senador Romeu Tuma.
Um fotógrafo, também do Agora, foi agredido e expulso do Centro de Treinamento do Palmeiras por postar mensagens enquanto aguardava a eleição para presidente do clube: “Enquanto os porcos não se decidem, poderiam mandar mais lanchinhos e refrigerante para a imprensa que assiste ao jogo do Timão na sala de imprensa.” Após o incidente, acabou demitido.
Outro problema relacionado à imprensa se deu com um editor da revista National Geographic Brasil que fez críticas a uma publicação do mesmo grupo. Também foi demitido.
6) Polêmica na imprensa internacional
Entre as vítimas do “teclado sem limites” no Twitter também estão jornalistas de outros países. A CNNdemitiu uma editora depois que ela tuitou uma mensagem afirmando que respeitava o aiatolá Mohammed Hessein Fadlallah.
“Triste por saber da morte de Fadlallah... um dos gigantes do Hezbollah que respeito muito”. O aiatolá costumava denunciar os Estados Unidos e apoiar terroristas suicidas contra Israel.
Mais recentemente, a agência americana The Redner Group ameaçou jornalistas pelas avaliações negativas ao jogo de seu cliente, a 2K Games.
“Muitos jornalistas foram longe demais com os reviews. Estamos reavaliando quem irá receber e quem não irá receber os games da próxima vez, com base nos venenos de hoje”, escreveu a assessoria em seu perfil no Twitter. Pelo comentário, a empresa responsável pelo game encerrou o contrato com a agência.
FONTE: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/60510_DEMISSOES+EM+140+CAR...
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