Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Como a pequena confecção de Duda e Adelina em Luis Alves, no Vale do Itajaí, se tornou um império latino-americano de moda

Dudalina: do comércio familiar para o mundo Charles Guerra/Agencia RBS
Maior camisaria da América Latina, Dudalina começou como forma de desencalhar tecidos que não eram vendidos no armazém de Duda e Adelina, em Luis Alves Foto: Charles Guerra / Agencia RBS

A história do mundo é marcada por uma série de percalços que se transformam em grandes realizações quando uma mente criativa esbarra em um desafio. Foi assim em 1957, quando Adelina Hess de Souza, então proprietária de um armazém em Luis Alves com o marido Roodolfo Francisco de Souza Filho, o seu Duda, resolveu confeccionar camisas com os muitos metros de tecido encalhados na loja. Todas as peças foram vendidas e estava formado o embrião daquela que se tornaria a maior camisaria da América Latina: a Dudalina.

Depois de se tornar gigante, a empresa dá mais um passo adiante: a venda para dois fundos de investimentos norte-americanos, Warburg Pincus e Advent International. Eles ficarão com 72,2% do controle acionário. A atual presidente Sônia Hess de Souza permanece no comando com 6,3% das ações e os outros 21,4% serão divididos entre os sócios minoritários.

A mudança de Luis Alves para Blumenau aconteceu em 1968, quando Duda e Adelina compraram uma casa e uma loja e, um ano depois, transferiram a fábrica para a cidade. De lá para cá 56 anos se passaram, a pequena fábrica se trannformou em um complexo instalado às margens da BR-470 no Bairro Fortaleza, com outras unidades em Blumenau, Benedito Novo, Luis Alves, Presidente Getúlio, Terra Boa (no Paraná), São Paulo e Milão (na Itália). Mas as fábricas e showrooms são apenas uma parte da estrutura, que conta hoje com 93 lojas espalhadas por todo o país e atua com quatro marcas diferentes: Dudalina, Dudalina Feminina, Individual e Base.

O processo de internacionalização é recente, mas forte. Lojas no Panamá e na Itália - um dos principais centros da moda mundial - comprovam a intenção de globalizar a marca. A venda a investidores estrangeiros pode tornar ainda mais rápida a expansão internacional da marca blumenauense e novas lojas em Zurique, na Suíça, e Sydney, na Austrália, já estariam cotadas.

Na presidência da empresa desde 2003 a 6ª dos 16 filhos de Duda e Adelina, Sônia Hess de Souza, dedicou a última década a transformar a Dudalina. Eleita pela revista Forbes a 6ª mulher mais poderosa do Brasil, ela aumentou a abrangência dos produtos da empresa. A linha de camisas femininas, criada há três anos, se tornou conhecida depois que as peças foram usadas nos principais telejornais brasileiros por profissionais como Fátima Bernardes e Ana Paula Padrão - numa certeira estratégia de marketing da marca.

O ano de 2013 da Dudalina fecha com a notícia da venda a investidores norte-americanos, mas foi marcado pelo reconhecimento ao trabalho da marca. A empresa foi listada entre as 500 maiores do Sul do Brasil pela revista Amanhã e foi eleita por diversos rankings como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

A assessoria de imprensa da Dudalina informou que a presidente Sônia Hess está em viagem e deve retornar a Blumenau na segunda-feira. Rui Hess, diretor de varejo da empresa, informou que a única pessoa autorizada a falar sobre a venda da Dudalina é a presidente.

http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2013/12...

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