Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A MP 579, que trata da renovação das concessões do setor elétrico e da redução de preços nas tarifas de energia da ordem de 20% a partir de janeiro, deverá proporcionar fôlego à indústria mineira. Estudo elaborado pelo Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas de Minas Gerais (Sindimalhas) mostra que a redução anual dos custos nesse segmento da economia ficará entre 1% e 4% dos gastos totais das empresas, conforme cada setor de produção. Só na Gerdau, a economia seria de R$ 700 milhões ao ano. De 2004 a 2012, os custos da indústria com a tarifa de energia ficaram 246% mais altos, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Levantamento realizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em 2010 mostra que os brasileiros pagam a terceira tarifa de energia mais cara no mundo, apesar de viverem num país onde o custo de geração é um dos menores do planeta em função da matriz hidráulica. O estudo também apontou que com novas licitações no setor elétrico seria possível alcançar uma economia de quase R$ 1 trilhão em três décadas. Nas destilarias de refino de petróleo, a energia responde por entre 55% e 70% do dinheiro investido na produção. No setor de transporte aéreo, esse percentual é de 20% a 30%. Um frigorífico de abate de frangos destina, em média, 20% dos custos de produção ao pagamento da tarifa de energia. Na siderurgia, o insumo representa entre 10% e 20% desses custos. Já as fábricas de tecido gastam de 12% a 13% do dinheiro investido na produção com a conta de luz.

A redução de custos industriais a ser proporcionada pela MP pode parecer pequena, mas seu impacto será recebido em cadeia, o que torna seu efeito mais intenso no setor. Além disso, de acordo com Flávio Roscoe, presidente da Colortêxtil e do Sindimalhas, a energia faz parte dos custos não administráveis das empresas. Isso quer dizer que ele não é negociável. "A redução de um custo não gerenciável para a indústria tem importância de grande monta, porque, em tese, ele não está na alçada da administração das empresas", explica. Ele acredita que a redução na tarifa de energia também será benéfica para o controle da inflação e para a manutenção das taxas de juros em patamares baixos. (ZF)

Fio desencapado

Entenda o desenrolar da novela das concessões no setor elétrico 6 de setembro.

A presidente Dilma Rousseff anuncia as medidas de redução na conta de energia elétrica a partir de janeiro de 2013.

11 de setembro

Governo edita a Medida Provisória (MP) 579, que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, redução dos encargos setoriais e a modicidade tarifária.

17 de setembro

Governo publica a regulamentação da MP 579, que estabelece prazo para manifestação de interesse de renovação de contratos de concessão pelas empresas (até 15 de outubro) e para a assinatura dos novos contratos de concessão (até 4 de dezembro). As companhias do setor elétrico começam a se manifestar.

17 de setembro

Cemig divulga comunicado aos empregados por meio do qual afirma que a MP 570 pode levar a companhia a perder 21 hidrelétricas com concessões a vencer entre 2015 e 2017.

9 de outubro

A menos de uma semana do prazo para que as empresas de eletricidade manifestem seu interesse em renovar ou não as concessões, representantes do setor reclamam da falta de informações a respeito das novas tarifas e das indenizações a que teriam direito a partir de 2013.

15 de outubro

Vence o prazo de manifestação de interesse. A Cemig decide aderir parcialmente à MP 579. Concorda em pedir a renovação da concessão de 18 usinas e de ativos de transmissão e distribuição, mas deixa de fora as usinas mais lucraticas - São Simão, Jaguara e Miranda -, com capacidade de geração de 2.532 megawatts. Outras empresas do setor elétrico, como Celesc e Cesp, fazem o mesmo. Elétricas começam a perder valor de mercado.

17 de outubro

Elétricas ameaçam ir à Justiça contra a MP.

25 de novembro

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sai em defesa da MP do setor elétrico e o governo é alertado para possível derrota no Congresso.

29 de novembro

Em meio à insatisfação das empresas com a MP 579, o governo aumenta indenização para concessões como forma de acalmar os agentes do setor elétrico e garantir a aprovação da MP.

30 de novembro

Cemig muda o tom e admite que está em vias de acordo com o governo em boletim interno.

Fonte:Estado de Minas.

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