Em 2014, nova classe média será formada por 114 milhões de brasileiros
Por InfoMoney
SÃO PAULO – A previsão para daqui três anos é que a nova classe média seja formada por 114 milhões de brasileiros, 10 milhões a mais do que os 104 milhões registrados em 2011. Os dados fazem parte de um estudo feito pelo Data Popular e divulgado nesta segunda-feira (8).
Para se ter uma ideia da mudança na pirâmide populacional do Brasil, em 2004, a classe C representava apenas 42,4% dos habitantes do País. Neste ano, passou para uma representatividade de 53,9% e, para 2014, a projeção é de 58,3%, conforme mostra a tabela abaixo:
Maior crescimento no Nordeste
De acordo com o levantamento, três de cada dez pessoas que entram na nova classe média são nordestinos. Nessa região, é registrado o maior crescimento desse estrato social, com 50% de incremento. Em seguida, vêm a região Norte, com 35% de crescimento, o Centro-Oeste, com 29%, o Sudeste, com 21%, e, por último, o Sul, com 16%.
Em compensação, quando medida a contribuição de cada região para o crescimento da classe média, há algumas inversões: primeiro, vem o Sudeste (41%) e, depois, aparecem Nordeste (30%), Sul (12%) e Centro-Oeste e Nordeste, com 8% cada.
Outro destaque é a quantidade de pessoas da classe C que residem em áreas urbanas não metropolitanas. Embora nesses espaços o estrato cresça apenas 28,3% (menos do que na área rural, 36,4%, e mais do que na metropolitana, 19,7%), eles representam 61,3% do total. Em seguida, a maior representatividade é da área metropolitana (25,9%) e da rural (12,7%).
Mais otimismo!
Ainda segundo o Data Popular, a nova classe média está mais otimista em sete anos. Isso porque o nível de otimismo alcançou 80% dessa população neste ano, contra 65% registrados em 2002. Os integrantes desse segmento no Nordeste e Norte do País demonstram maior otimismo, com 89% e 88%, respectivamente.
Já a nova classe média do Sul (75%) e Sudeste (76%) tem um grau inferior à média nacional, enquanto que o Centro-Oeste ficou com 82%.
Abaixo apresentamos o percentual de otimistas em relação aos investimentos em si próprio e também à disposição para compras de alto e médio valor:
Sobre a pesquisa
Os dados foram levantados a partir de três frentes: uma pesquisa on-line com 16 mil pessoas, ouvidas em 26 estados e 251 cidades, no segundo trimestre de 2011, outra pesquisa nacional presencial com 5.003 brasileiros em 44 municípios, no primeiro trimestre de 2011, e uma análise do histórico de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Cada classe social foi dividida a partir da renda domiciliar per capital mensal, ou seja, a soma de todos os rendimentos da família dividida pelo número de integrantes. Assim, a classe A tem renda domiciliar média de R$ 14.203, a classe B, de R$ 6.070, a classe C, de R$ 2.295, a classe D, de R$ 940, e a classe E, de R$ 273.
Estrato social |
2004 |
2011 |
2014 |
Classe A |
2,7% |
3,2% |
3,3% |
Classe B |
6,3% |
8% |
8,7% |
Classe C |
42,4% |
53,9% |
58,3% |
Classe D |
41,3% |
31,1% |
26,8% |
Classe E |
7,3% |
3,8% |
2,9% |
Total de brasileiros |
181 milhões |
193 milhões |
197 milhões |
Fonte: Data Popular |
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