Empresários mineiros à frente de pequenos negócios dispõem de renda familiar mensal média de R$ 7.754, sendo que 71% deles têm como única fonte de renda seu empreendimento. A maior parte – 62% – possui ensino médio ou superior completo. No dia a dia dos negócios, as principais dificuldades encontradas são conquistar clientes e vender mais, problemas citados por 25% dos entrevistados, e entender e cumprir as obrigações legais (20%). Mas, apesar dos entraves, o setor está otimista: 68% dos empresários acreditam que vão aumentar o porte da empresa nos próximos anos.
As informações constam da Pesquisa Perfil das Microempresas (ME) e de Empresas de Pequeno Porte (EPP) divulgada ontem pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), quando foi comemorado o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (MPE). De acordo com a assessoria do Sebrae, os dados da pesquisa são referentes às micro e pequenas empresas e também aos microempreendimentos individuais (MEIs).
Analista do Sebrae Minas, Gabriela Godoy reforça a importância das MPEs e MEIs, que juntas respondem por 99% dos negócios do País e são responsáveis por mais da metade do total de empregos gerados. Segundo ela, o Sebrae vem trabalhando no desenvolvimento empresarial, alertando os empreendedores para a importância da gestão. “Não basta ter uma boa ideia e desenvolver um produto interessante”, considera.
Ainda de acordo com o levantamento, dos pequenos negócios de Minas, 86% estão operando normalmente. O índice é levemente superior ao do País, que ficou em 84%. O tempo de atuação no mercado de 44% dos pequenos empreendimentos do Estado é de 14 anos. Os entrevistados responderam que, antes de se formalizarem, trabalharam, em média, dez anos na informalidade.
No Estado, os empresários que encerraram as atividades citaram como principais motivos o fato de o negócio não dar lucro, mas, sim, prejuízo (38%); não ter clientes (24%) e o excesso de burocracia e impostos (10%). Os principais motivos para empreender são conhecimento na área (44%), vontade de abrir um negócio (22%), oportunidade de negócio (23%) e necessidade de aumentar a renda (9%).
A maioria dos empreendedores – 51% –, antes de abrirem o próprio negócio tinham trabalho com carteira assinada. Outros 12% trabalhavam sem carteira assinada e 10% eram empreendedores informais.
De acordo com a pesquisa do Sebrae, 78% dos empreendedores consideram que a abertura da empresa possibilitou maior ganho financeiro. Além disso, 61% dos entrevistados consideram que a formalização tenha agregado melhores condições de compra.
O levantamento apontou que a tomada de empréstimo ainda não é forte o suficiente para alavancar os pequenos negócios. Dos entrevistados, 41% responderam que buscaram e conseguiram empréstimos, mas 53% disseram que não procuraram e outros 6% informaram que tentaram e não conseguiram.
Programação – Devido à data de comemoração do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (MPE), durante todo o mês o Sebrae Minas promove capacitações gratuitas em mais de 135 municípios. A programação completa pode ser consultada no site do Sebrae (www.sebraemg.com.br).
(fonte: Diário do Comércio)
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI