Executivo da Cisco comenta principais resultados de pesquisa da empresa.
A maioria (86,5%) das empresas globalmente afirmam ter iniciado sua jornada em direção ao Zero Trust (Confiança Zero, em tradução livre), revelou o estudo “Cisco Security Outcomes 2023 para Zero Trust: Tendências de Adoção, Acesso e Automação”. Entretanto, a maturidade em Zero Trust teve uma queda de 36% em comparação com o ano anterior. Em 2023, apenas 2% das empresas são consideradas totalmente maduras para a adoção.
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Essa diminuição levanta questões sobre os desafios enfrentados pelas organizações na implementação efetiva dessa abordagem. Segundo Fernando Zamai, líder em cibersegurança da Cisco Brasil, em entrevista ao IT Forum, esse declínio na maturidade em comparação com o ano anterior pode ser atribuído ao aumento na adoção. Zamai enfatiza que esse cenário é esperado diante do crescimento de empresas ainda nos estágios iniciais da implementação da abordagem Zero Trust.
Além disso, a pesquisa revela que empresas totalmente maduras em Zero Trust reduzem cerca de duas vezes o risco de ciberataques. Esse dado ressalta não apenas a eficácia prática do Zero Trust, mas também sua posição como uma medida de defesa robusta contra as crescentes ameaças cibernéticas.
Ao trazer o foco para o Brasil, as estatísticas revelam nuances interessantes. No país, 27,6% das companhias afirmam estar completamente preparadas para Zero Trust, especialmente para uso em automação. Uma porcentagem mais elevada em comparação com a média global de 15,2%. Isso sugere uma conscientização crescente entre as empresas brasileiras sobre a importância de implementar Zero Trust, especialmente em ambientes de automação.
Quando se trata da adoção de Zero Trust em soluções de Identidade/Acesso, como autenticação multifator, 24,9% das empresas brasileiras se declaram completamente preparadas. Novamente, superando a média global de 10,9%.
Segundo Zamai, existem diversos fatores que contribuem para a diferença notável na preparação para Zero Trust entre o Brasil e o cenário global, “No Brasil existem algumas regulamentações, como o Marco Civil da Internet, a Lei do Trabalho Remoto e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Alguns detalhes nessas leis incentivaram o Brasil em um maior investimento em cibersegurança”, aponta o executivo.
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