Desaceleração da inflação é consistente
A inflação segue com comportamento favorável. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,9% no acumulado em 12 meses até novembro de 2022, chegou a 4,7% no acumulado em 12 meses até novembro deste ano. Se não fossem as desonerações tributárias, o IPCA acumulado em 12 meses até novembro de 2022 teria sido de 9%, o que comprova uma desaceleração da inflação ainda mais acentuada.
Neste ano, os preços de Alimentos e Industriais são os que mais têm contribuído para o processo de desaceleração. Até os preços de Serviços - tipicamente mais resilientes, por serem muitas vezes indexados à inflação passada - têm caído: saíram de 8%, no acumulado em 12 meses até novembro de 2022, para 6,1% no mesmo período deste ano.
Além da trajetória consistente de desaceleração da inflação, as expectativas são positivas, conforme Relatório Focus, do Banco Central. Para 2023, as projeções em 4,5% sinalizam cumprimento do regime de meta de inflação após dois anos. Para 2024, as projeções em 3,9% também sinalizam o cumprimento da meta, mas em condição ainda melhor, já que, além do respeito ao teto, deve haver aproximação do centro da meta, de 3%.
Concessões de crédito caem e PIB desacelera
Nesse cenário, a CNI chama atenção para a situação adversa do crédito. As concessões de crédito às empresas caíram 5,6% em termos reais no acumulado entre janeiro e outubro de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. Na atividade econômica, os números também preocupam, ao apontarem desaquecimento. Após crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2023, o PIB ficou estável (+0,1%) no terceiro trimestre de 2023, nas comparações com os trimestres anteriores.
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