Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Empresas que sofrem do mal de Sísifo perdem dinheiro e não consolidam o crescimento

Conta a mitologia  grega que  Sísifo, por ser considerado rebelde,   foi condenado por toda etenidade  a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha.

 

Sempre que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível.

 

Algumas empresas, observando oportunidades no mercado, passam a  explorá-las, aumentando seu faturamento e a complexidade para sua   gestão, consequentemente sentem  necessidade  de implementar   um processo de revisão e reorganizacão empresarial.

 

Motivadas,  contratam pessoas, desenvolvem sistemas e novos métodos de trabalho, elevando a qualidade e a agilidade na obtenção de dados  e no uso das informações, contudo acomodam-se.

 

Passado o período de vendas  fáceis, a empresa perde faturamento e se ressente do aumento do  custo fixo da organização instituída, iniciando, a seguir,  o processo de cortes e reducão de gastos.

 

As posições que têm os salários mais altos são facilmente indicadas  para eliminacão, concentrando–se as tarefas nas funcões menores e em pessoas com menos  qualificação.

 

Os trabalhos aguardados não são os que se faziam antes do processo de reorganização, mas sim os atuais e nos mesmos prazos.

 

A dificuldade em cumprir essas tarefas leva a desorganização, de forma que a empresa não consegue manter o status atual  do sistema e ainda prejudica o anterior.

 

Lembra a fábula da pessoa que vai morar em uma país estrangeiro e além de não aprender a nova língua esquece parte da sua.

 

Esse desarranjo leva à perda  dados, desperdício de tempo e  recursos, aumento de  conflitos e da rotatividade dos recursos humanos.

 

Não existe meio  termo para os sistemas informatizados,  estes têm que ser alimentados de acordo com a regras estabelecidas.

 

Na impossibilidade, criam-se planilhas eletrônicas, como uma alternativa mais simples, esquecendo-se que estas são pessoais. É  pouco provável que uma tarefa executada por uma pessoa  ao ser atribuida a outra mantenha a integridade da ferramenta.

 

Planilhas eletrônicas são excelentes ferramentas, mas, como instrumento aberto, permite alterações e ajustes.  Em 99% dos casos que tenho presenciado acontecem mudanças.

Quando não bem entendidas e aceitas são descartadas e novas planilhas  são geradas  com toque pessoal do usuário.

 

A empresa encolhe e se desorganiza, ficando despreparada para sustentar  novos ensaios de  crescimento.

 

Aparecendo uma nova oportunidade o processo reinicia, produtos são desenvolvidos, a produção é acelerada,  o ambiente torna a exigir  melhor organização e coordenação das atividades.

 

Profissionais com mais experiência são contratados e recomeça o  ciclo de trabalho para obtencão de um novo  padrão administrativo, com implantação de novos procedimentos e adequacão sistêmica.

 

Reorganizações  raramente são possíveis sem conflito, as pessoas com experiência  nesse ambiente poucos esforços fazem no sentido de ajudar os recém-chegados. Agem de forma passiva, sabendo que estes a qualquer momento poderão deixar a empresa.

 

A quantidade de recursos para levar a pedra ao cume do monte e depois ve-la descer não é pequena, contudo é o preço a ser pago pela sina da não sustenção de resultados e da posição  no mercado.

 

 

 

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Articulista, Escritor, Palestrante

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652

www.postigoconsultoria.com.br

Twitter: @ivanpostigo

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Rodrigo Postigo, Editor chefe e apresentador, traz o maravilhoso mundo da engenharia até você na TV FACENS.

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Comentário de Fabio Germiniani-TRIUMPH TEXTIL em 23 agosto 2011 às 9:00
Isso é bastante comum hoje em dia,o mais difícil é o proprietário, diretor ou algum cargo mais elevado da empresa se dar conta disso ou identificar a situação, pois quase sempre acham que o problema esta no mercado, no  sistema  adotado  ou em  qualquer outro lugar, menos aonde é o corretamente obvio "nos mesmos" enquanto organização...

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