Encontrado petróleo em 2º poço perfurado no Ceará
Fonte: Diário do Nordeste
Após cinco meses de trabalho, a Petrobras concluiu a perfuração do segundo poço em águas ultraprofundas no Ceará, denominado Canoa Quebrada (1-BRSA-1114-CES), e constatou "indícios de hidrocarbonetos" (petróleo e gás). Segundo a estatal, a descoberta já foi informada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto, a Petrobras destaca que os dados do poço, cuja localização exata não foi informada, "ainda estão sendo analisados e, nesta fase dos estudos, ainda não há uma estimativa segura do volume de petróleo descoberto".
Conforme a licença de Operação emitida pelo Ibama, a perfuração de cada poço tem um valor de referência de R$ 100 milhões FOTO: THIAGO GASPAR
A descoberta reforça o início de uma nova fase na produção de petróleo no Ceará, que ainda é considerada pequena, mas que pode crescer significativamente nos próximos anos. Em setembro de 2012, a Petrobras já havia concluído a perfuração do primeiro poço cearense em águas ultraprofundas, denominado Pecém (1-CES-158), onde também foi encontrado petróleo.
O Poço Pecém está localizado a 76 quilômetros do município de Paracuru, na costa do Ceará. Esta descoberta foi listada no balanço do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), divulgado no último dia 22, como uma das maiores ocorridas no País entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012.
Novos poços
Além destes dois poços, que ficam na Bacia Ceará, a Petrobras iniciou, no dia 11 deste mês, a perfuração de um terceiro poço, chamado Ararauna (1-BRSA-1158-CES), na concessão BM-POT-16. A perfuração deste poço, localizado na parte cearense da Bacia Potiguar, deve durar cerca de quatro meses. Ainda de acordo com a Petrobras, mais dois poços devem ser perfurados em águas profundas no Ceará, na concessão BM-POT-17.
Conforme mostrou o Diário do Nordeste na edição do dia 24 de setembro de 2012, o prazo para a conclusão da exploração do segundo poço era de cinco meses
Ao todo, devem ser explorados cinco novos poços em território cearense nos blocos BM-POT-16 e BM-POT-17, que ficam a cerca de 41,5 km da costa do município de Icapuí, no Ceará. Os blocos estão localizados na Bacia Potiguar, que inclui os territórios do Ceará e do Rio Grande do Norte.
A Licença de Operação para a exploração destes dois blocos foi emitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) no dia 8 deste mês. Além dos cinco poços em território cearense, a Licença de Operação autoriza ainda a Petrobras a explorar um poço em território do Rio Grande do Norte. A solicitação para a exploração de um sétimo poço nestes blocos, denominado Umbu, está em análise no Ibama.
De acordo com a Petrobras, "os poços incluídos na Licença de Operação para as concessões BM-POT-16 e BM-POT-17 são os prospectos denominados Ararauna, Jandaia, Louro, Tango e Xaxado, localizados no Ceará, além do prospecto Pitu, localizado no Rio Grande do Norte". A estatal, contudo, não deu detalhes sobre a localização e a profundidades dos poços.
O primeiro poço em águas ultraprofundas no Ceará começou a ser explorado em maio do ano passado, sendo concluído no último mês de setembro
R$ 600 milhões
Conforme a Licença de Operação, que foi solicitada pela Petrobras ao Ibama em novembro do ano passado, a perfuração de cada poço tem valor de referência de R$ 100 milhões, totalizando, assim, R$ 600 milhões para a perfuração dos seis poços aprovados. O documento destaca que os poços deverão ser perfurados pelos navios-sondas Deepwater Discovery (NS-27) e Ocean Clipper (NS-21). A inclusão de uma terceira unidade marítima no processo de perfuração dos poços, o Ocean Courage (SS-75), será avaliada pelo Ibama posteriormente.
Projetos ambientais
No parecer técnico do Ibama sobre a Licença de Operação, o órgão apontou algumas pendências e orientações que a Petrobras deverá seguir para garantir o andamento do processo, sobretudo na área ambiental. Entre as determinações, está a de que a estatal deverá utilizar exclusivamente o Porto do Pecém, no Ceará, até que sejam feitas as mudanças necessárias no centro de reabilitação apontado pela empresa no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias.
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