Fonte:|zerohora.clicrbs.com.br|
Com que roupa eu vou
As fábricas de vestuário faturam R$ 100 milhões anuais em Erechim
A indústria de vestuário alimenta a economia da região há mais de 40 anos. Porém, foi na última década que o crescimento se tornou expressivo, a partir da abertura de novas confecções, que já totalizam mais de 120 apenas na Região do Alto Uruguai.
O vestuário representa o terceiro setor mais importante de Erechim – polo desta região de 32 cidades. São 2 mil empregados e faturamento superior a R$ 100 milhões anuais. Em receita, o setor perde apenas para os segmentos metalmecânico e de alimentos.
– Considerando que é o segmento que mais emprega no norte do Rio Grande do Sul, a indústria de confecções se coloca entre as maiores do Brasil. Aqui, estão localizadas empresas líderes do setor de jeanswear e produção de lingerie – afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Erechim, Walmir Badalotti.
O setor de vestuário é dinâmico e exige investimentos permanentes em tecnologia e conhecimento. Portanto, gera novas oportunidades constantes. O melhor é que a indústria não precisa de investimentos exorbitantes para a geração de postos de trabalho, segundo Badalotti. Estudos da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) indicam o vestuário como a atividade econômica que mais gera empregos para cada real investido pela iniciativa privada.
Diversas vezes por ano, as empresas de Erechim recebem comerciantes gaúchos, catarinenses e paulistas, que visitam os showrooms para conhecer as coleções e repor os estoques de suas lojas. Essa movimentação também gera renda para restaurantes, hotéis e prestadores de serviços, pois os visitantes estendem o passeio para os complexos de águas termais da região.
EM UMA DÉCADA, HAVERÁ CERCA DE 1,2 MIL TÉCNICOS PARA A INDÚSTRIA LOCAL
Outra perspectiva otimista de futuro é a abertura do Instituto Federal Tecnológico (Ifet) em outubro. A instituição vai oferecer o curso de Técnico em Vestuário, com turmas de 120 alunos por ano. Em pouco mais de uma década, haverá cerca de 1,2 mil profissionais habilitados a trabalhar na indústria local.
Entretanto, há um obstáculo pelo caminho: a competição com as peças importadas de China, Turquia, Índia e Marrocos, muito mais baratas do que as nacionais. Para enfrentar a concorrência, os fabricantes brasileiros precisam investir em equipamentos industriais, pesquisa e desenvolvimento de produtos, treinamento de pessoal, visitas a feiras nacionais e internacionais e intercâmbio com institutos tecnológicos.
Uma das principais empresas têxteis locais, a JR Meneguzzo se previne da invasão das marcas chinesas com uma política de distribuição que entrega as novidades a cada 10 dias em todos os pontos-de-venda. A estratégia não pode falhar, porque a companhia vende toda a sua produção para o mercado interno.
Entre as marcas fabricadas pela JR Meneguzzo, estão a Index e a Chopper, presentes em 2 mil lojas multimarcas pelo país. Há alguns anos, os jeans da grife Alexandre Herchcovitch também eram tramados em Erechim. As duas linhas de montagem empregam atualmente 400 funcionários e produzem 5 mil peças por dia.
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