Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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EUA, UE e Japão Abrem Ação Contra a China na OMC

Economia

EUA, Japão e UE abrem processo contra China por monopólio de terras raras

Países industrializados apresentaram queixa junto à OMS contra restrições à exportação das matérias-primas. Agência estatal defende direitos da China e tacha ação de "injusta".

A polêmica em torno das terras raras escala. Estados Unidos, Japão e União Europeia apresentaram junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma queixa contra as restrições impostas pela China à exportação de terras raras. A UE requereu um processo de arbitragem, informou o comissário europeu do Comércio, Karel De Gucht, nesta terça-feira (13/03) em Bruxelas.

A China detém como fornecedor praticamente o monopólio dessas matérias-primas importantes para a produção de artigos de alta tecnologia. Com quotas de exportação, taxas alfandegárias e estebelecimento de preço mínimo, a China estaria infringindo os termos de sua filiação à OMC. "Essas medidas prejudicam produtores e consumidores na UE e em todo o mundo", argumentou Gucht.

O presidente norte-americano Barack Obama justificou, em declaração oficial nesta terça-feira, as razões pelas quais o processo foi aberto. "Nós precisamos assumir o controle sobre a nossa energia futura e não podemos deixar que a indústria energética crie raízes em outro país só porque eles foram autorizados a quebrar as regras. Nós continuaremos trabalhando todos os dias para dar aos trabalhadores e empresas norte-americanos uma chance justa na economia global", disse Obama na Casa Branca.

Mina de terras raras em Ganxian, China

China rebate

Pequim criticou veementemente a ação. A decisão poderá prejudicar as relações comerciais e "sair pela culatra", advertiu a agência de notícias estatal Xinhua. Em defesa às quotas de exportação do país, acrescentou que a OMC permitiria a seus membros adotar as medidas necessárias para proteger seus recursos e o meio ambiente. Além disso, a ação seria "precipitada e injusta", acusou a agência.

Nos últimos anos, os chineses vêm reduzindo gradativamente as quotas de exportação de terras raras. Suas justificativas são o crescimento da demanda interna e as preocupações cada vez maiores pelos danos ambientais causados pela extração dos minérios.

Após a apresentação da queixa à OMC, a China tem dez dias para se manifestar, e 60 dias para estabelecer diálogo com os EUA, o Japão e a UE. Caso não se chegue a um acordo dentro desse prazo, os autores da ação podem exigir a realização de um inquérito formal por um dos grêmios da Organização de Comércio.

Recentemente, a República Popular da China sofreu uma amarga derrota na disputa sobre matérias primas com os grandes países industrializados, perante à OMC. Em resposta ao recurso apresentado pelo país, a OMC ratificou uma sentença anterior interditando a China de impor restrições de exportação para minerais cobiçados, como zinco e magnésio.

AV/dw/rtr/afp/dapd/dpa
Revisão: Francis França

Fonte:|http://www.dw.de/dw/article/0,,15806534,00.html

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Comentário de Sam de Mattos em 14 março 2012 às 12:40

O que os EUA e Japão fizeram ai está bem explicado. Antes de haja maracutaias feita no Brasil com as NOSSAS Terras Raras (TR), poremos a boca na Corneta - ainda não no trombone.

Estamos cheio de Monazita, Bastnasita, cenóbio e leoparita e outros componentes das TR (Terras Raras) e os seus procurados óxidos, designados pela sigla OTR.

Não completei Geologia na Escola de Minas (Ditadura) , mas tive vários professores geólogos e ainda estou em contato com os meus amigos de lá, além de ser homenageado da REPUBLICA PUREZA, o meu primeiro amor, de onde vários mineradores saíram, incluído um diretor da Anglo, o Stephan.

Temos reservas de TR no Morro do ferro (Planalto de Poços de Calda, MG),  no Córrego do Garimpo (Morro do Catalão, GO) e também na região do Araxá (MG). Nessas reservas creio que o percentual de OTR eh considerável, em média 5.5%.

Isso eh informação de 43 anos atrás, quando era guri em Ouro Preto. Falei ontem a noite com um Catedrático da Escola de Minas ( também ex-Puro) e ele me disse que ainda nem mapeado esta as nossas reservas de TR!

Não esta por nos, pelo nosso Ministério de Minas. Com certeza se não agirmos rápido o nosso amigo Eike aparecera com o Grupo TRX, o MULTIPLICADOR DE TERRAS RARAS da União, ou darão o velho golpe que AINDA É LEGAL NO BRASIL:  Um laranja faz uma "arrendamento" de uma área que seguramente tem Terras Raras (TR) . (O Grande Mapa das Minas, sabemos quem os tinha e para quem foi passado - e a PF sabe muito bem que é o Tatu das Unhas de Ouro, malgrado nada ter encontrado nos computadores do Fulano, ao entrar em sua casa com mandato judicial, anos atrás.)

Voltando como trabalham os Laranjas das Minas: O Grande Mapa é conhecido e é repassado para laranjas que arrendara o a área. Para legalizar a operação ele tem que “minerar” a área. O fazem com uma caçamba velha, um trator de 1940 e dois caboclos cavoucando a terra. Com isso estão LEGALIZADOS COMO MINERADORES.

Daí eles passam isso adiante para uma MINEIRADORA DE VERDADE, geralmente da China. Como? FAZEM UM LEASING DE 99 anos e tudo esta legal, bonito, jurado e sacramentado  e “dentro dos conformes”.

E as nossas reservas de metais se vão, conosco ficando a poluição e dejetos.

É a riqueza da pátria sumindo, e o lucro ficando com uns poucos Oligarcas e Nepotistas tratando a propriedade DO POVO como o tão decantado “Anus da Mãe Joana”.

Aí está dito EM DETALHES COMO SE ROUBA NA MINERACAO, NO BRASIL.

“Carlos Alberto”, passe essa a Dona Dilma: Estamos sentados nas TR, tão procuradas mundo a fora, e temos muitas reservas de OTR.  E ate reservas que nem sabemos ainda. Podem não ser (as que conhecemos agora) tão ricas em OTR como as TR da China, mas mesmo assim são valiosíssimas.

APROVENTEMOS esse “pega-para-capa” entre Chineses e o mundo desenvolvido no tangente as Terras Raras e desenvolvamos as nossas minas aqui, de imediato. Que sejam nossas. Não do futuro grupo, TRX (Terras Raras “Multiplicadas para o bolso do Eike”) ou congêneres. SdM

Comentário de Edson Baron em 14 março 2012 às 9:23

Recomendaremos à China, contratar alguns advogados e associações do Brasil (do Brasil, não brasileiros, porque não honram sua própria pátria), eles são especialistas em defender as irregularidades que a China impõe ou tenta impor a todos os demais países - dumping cambial incluso, que é apenas uma delas.

Que o mundo acorde e comece a olhar para a China com os olhos de desconfiança que ela faz jus. Essa nação, com seu sistema de poder, é uma temeridade para todas as nações democráticas.

Acreditar em relação séria, honesta e duradoura com eles é o mesmo que acreditar em papai noel, duendes, fada. É mais fácil acreditar em bicho papão.

Comentário de Textile Industry em 14 março 2012 às 8:55

Por terras-raras, EUA, Japão e UE vão à OMC contra a China

A União Europeia, os Estados Unidos e o Japão deflagraram ontem uma dura disputa contra a China envolvendo matérias-primas, que poderá se tornar um dos conflitos com o maior impacto econômico na Organização Mundial do Comércio (OMC). Os três acusam Pequim de restringir exportação de terras-raras, que são indispensáveis à alta tecnologia, telecomunicações e produtos ambientais globalmente.

O confronto entre as maiores economias do mundo vai bem além de terras-raras. Uma população mundial em crescimento e uma economia global que tende a se expandir vão elevar a demanda por commodities, e os preços vão aumentar no longo prazo. As indústrias americana, europeia e japonesa temem problemas de acesso a matérias-primas estratégicas, enquanto os emergentes aumentam sua própria industrialização.

O contexto também reflete o acirramento da disputa pela influência globalmente. A China é hoje a segunda maior economia e suas decisões têm impacto imediato em outras economias. A relação com a UE azedou recentemente, quando Pequim levantou o tom e suspendeu a encomenda de 25 aviões da Airbus, no valor de US$ 12 bilhões, em reação à decisão unilateral dos europeus de impor taxa contra emissões de gases para aviões nos aeroportos do Velho Continente.

Em plena campanha eleitoral nos EUA, o presidente Barack Obama anunciou a disputa em pronunciamento transmitido pela TV. Deixou claro sua intenção de elevar a escalada ofensiva contra Pequim. Também um dos pré-candidatos republicanos, Mitt Romney, endureceu sua retórica anti-Pequim.

Washington, Bruxelas e Tóquio reclamam que os chineses impõem uma série de restrições à exportação - na forma de sobretaxa à exportação, cotas e outras medidas - que violariam as regras comerciais e os compromissos assumidos por Pequim quando entrou na OMC em 2011.

A UE ganhou recentemente uma primeira disputa contra a China por causa de restrições na exportação de nove produtos essenciais para a indústria europeia, como silício, bauxita, magnésio, manganês e zinco. Mas Pequim não dá nenhum sinal de que vai remover as barreiras condenadas pela OMC.

Agora, os europeus se uniram aos americanos e japoneses para atacar restrições chinesas na exportação de terras-raras - 17 elementos químicos, além de tungstênio e molibdênio -, essenciais nas indústrias de informática, automobilística, maquinários, químicos e siderúrgicos. Seu uso vai de mísseis a telefone celular, componentes de carros, telas de tablets e de computadores, no processo de produção da gasolina, painéis solares etc.

A China é responsável por 97% da produção de terras-raras, apesar de deter apenas um terço das reservas mundiais. Na avaliação europeia, como a China tem praticamente o monopólio de vários desses minerais, as limitações à exportação afetam a produção virtualmente "em todas as indústrias" e têm impacto econômico global de centenas de bilhões de dólares - fazendo desse caso potencialmente um dos maiores já trazidos até hoje à OMC.

Os europeus reclamam que as barreiras de Pequim criam sérias desvantagens para os produtos estrangeiros, ao aumentar artificialmente os preços de exportação chineses e elevar os custos globalmente. Ao mesmo tempo, as restrições diminuem o custo de matérias-primas para as empresas chinesas, em razão de aumento significativo no fornecimento doméstico. Isso dá aos chineses vantagem competitiva e força mais produtores estrangeiros a transferir operações e tecnologias para a China, resultando em perdas de emprego e capacidade de produção nos parceiros.

A China freou gradualmente a exportação de terras-raras, aumentando sobretaxas e reduzindo as quantidades vendidas. Em junho de 2010, as autoridades de Pequim cortaram o volume exportado em 32% para companhias locais e 54% para companhias estrangeiras. O suprimento para o resto do mundo caiu para 30 mil toneladas, comparado a uma demanda

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