Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O presidente a ser eleito em outubro terá de enfrentar, de uma vez por todas, os impasses estruturais do país, fazer as reformas política e tributária, dar prioridade ao investimento em infraestrutura e educação, promover a retomada do crescimento da indústria, incentivar a inovação, controlar a inflação e, para tudo isso, buscar um consenso político. Em resumo, essa é a receita que os melhores executivos do país prescrevem para o próximo mandato presidencial, qualquer que seja o eleito.

Escolhidos por headhunters e pelo Valor, 23 presidentes de empresas dos vários setores econômicos foram premiados ontem na 14ª edição do "Executivos de Valor", durante evento em São Paulo. Frederico Curado, presidente da Embraer, disse que o atual sistema político torna "muito difícil o relacionamento entre os Poderes e uma governança mais transparente, ágil e focada nas necessidades da sociedade brasileira". Marcelino Rafart de Seras, presidente da EcoRodovias, disse que tanto oposição como situação podem implementar a agenda de reformas exigida pelo país. "Elas terão de ser feitas no início do mandato, sob pena de perder a oportunidade de fazê-las", observou Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht.

Fabio Luchetti, presidente da Porto Seguro, sugeriu que o Brasil precisa trabalhar em projetos consistentes, de longo prazo e sintonizados com todos os partidos. "Isso exigirá uma liderança forte e bem articulada. O Brasil deveria ter um propósito, assim como as empresas possuem visão de futuro, com alvos, metas e sonhos". Harry Schmelzer Jr., presidente da WEG, também disse que tanto oposição quanto situação têm condições de implementar as medidas, "mas precisam tomar a decisão de fazer a coisa certa e buscar o consenso na comunidade política". Murilo Ferreira, presidente da Vale, acredita que, para isso, será necessário mudar totalmente a forma de fazer política. "Nunca poderíamos ter um regime com mais de três partidos: um de situação, um de oposição e um que se ajusta aos temas".

Para Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, no curto, médio e longo prazos, será necessário "investir na educação formal, técnica, moral e ética". Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, lembrou que a cada cem alunos que entram no ensino fundamental, apenas sete concluem o ensino superior. "É uma das taxas mais baixas no mundo".

João Carlos Brega, presidente da Whirlpool, disse que o país precisa de um bom gestor, mas fez a ressalva de que "escolher o Legislativo é tão ou mais importante que escolher o Executivo".


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