Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Exportadora Têxtil não cresce por falta de especialistas - Portugal

Fonte:|jornaldenegocios.pt|

Empresário arrasa formadores: "Não sabem teoria e muito menos a prática", lamenta Carlos Branco, presidente da Empresa Têxtil Nortenha, em declarações ao Negócios.
Até exportou 92% da produção e facturou 12 milhões de euros em 2010, um crescimento de 8% face ao ano anterior. Cenário risonho e repetível para 2011? O presidente da Empresa Têxtil Nortenha (ETN), Carlos Branco, mete o travão e deixa o alerta: faltam especialistas, faltam formadores competentes e falta quem queira trabalhar no têxtil. Com tanta ausência de recursos, não há novos mercados a explorar, apenas uma tentativa: "Crescer dentro dos nossos clientes".

O primeiro-ministro e ministro da Economia colocaram como objectivo que, até ao fim da década, as exportações valham 40% do PIB. Mas, para já, Carlos Branco afirma que não conseguirá aproveitar as novas encomendas que poderiam resultar da instabilidade no Norte de África: "Não estou preparado. Estou a lutar com atrasos. Vendi mais em 2010 do que no ano anterior, mas não consegui entregar tudo. Não tenho 'staff' suficiente para acompanhar as exigências actuais, porque não há gente", lamenta o empresário.

Mas por que é que não há operários na região do Vale do Ave, onde a Nortenha está instalada (Famalicão)? "Porque as pessoas não querem trabalhar, vivem do subsídio de desemprego. Não há costureiras, nem modelistas, nem estendedoras para cortar tecidos ", argumenta o presidente da ETN.

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Comentário de António Manuel Miranda em 18 fevereiro 2011 às 12:05
A Têxtil Nortenha é um exemplo da excelência dos têxteis portugueses e tem muita gente competente trabalhando nesta tradicional empresa. Tenho muitos contactos na empresa e todos são sempre muito sérios e eficientes no que fazem.
Mas, as vezes há empresas que na contratação de pessoal seguem um manual de preciosismos que, de fato, dificulta encontrar o profissional procurado.
É claro que se a função do profissional é o contacto direto com o mercado externo ser fluente no idioma inglês é condição excencial, mas há outras funções que exigem essa fluência e que não há a necessidade. E outras preciosidades também acontecem em outras funções.
Muitas vezes é necessário deixar certos manuais de contratação menos engessados.
E, só como informação, pessoal competente e responsável existe em Portugal. E necessitando de colocação.
Comentário de Claudio Landi em 16 fevereiro 2011 às 19:50
É verdade que  falta o pessoal especializado, mas também é verdade que as empresas não buscan mais o pessoal especializado.
Não muito tempo atrás eu tinha uma entrevista de emprego para o cargo de chefe de tecelagem, a resposta foi que a empresa só queria  pessoas com diploma textil e eu não ero adequado para o trabalho. Tenho cerca de 30 anos de experiência no sector têxtil, em especial tecidos de lã, algodão, seda, angora, etc, eu trabalhei em muitas empresas, sem  ter problemas, descobrir que depois de tantos anos não são capazes de fazer o meu trabalho è engraçado.Asho que muitos profissional de esto forum com muitas experiencia saben do que esto falando. E agora que os proprietários de empresas têxteis tem que ter a sua própria responsabilidade e não chorar por coisas que não existem. O pessoal capacitado existe só precisa procurá-los com os antigos métodos de negociação direta com as partes interessadas e não fazer avaliar esses especialistas da pessoas que não têm a menor idéia do que significa a produção da fábrica.Esto nao è sò problemas do Portugal ma asho de muitos Pais
Comentário de Marco Paulo de Oliveira Leite em 16 fevereiro 2011 às 6:04
 

Enquanto não existir modelos de incentivos para os trabalhadores produtivos (salário mínimo + modelo incentivo) vai continuar a existir este problema de falta de mão-de-obra.  Porque é que as pessoas irão trabalhar neste sector (como máquinas) a ganhar uma miséria quando têm outros trabalhos que até ganham mais, ou pelo menos o mesmo com outras condições laborais?

Isto só é possível em máquinas como a China, onde infelizmente as pessoas têm de comer e trabalham por isso, e aí sim… tudo é possível fazer sem consequências para as empresas, e tudo que se referiu em cima será uma miragem….

Caso contrário, é necessário que todos os empresários avaliarem como um todo a industria de forma objectiva e coerente, e não olhar para a empresa da sua secretária e tirar conclusões irrealistas...

Se existe trabalho e os lucros crescem, porque é que este sector é sempre o mais penalizado com falta de mão-de-obra? Porque é que esta indústria com tanta tradição e impulsionadora das exportações enfrenta sempre estes problemas?

Enquanto não pagarem o justo pelos trabalhadores (qualificados ou não) e os responsabilizarem pelo seu trabalho (deixando as empresas de terem custos com pessoas que controlam o trabalho dos outros refazendo o que já foi feito pelos outros, caminhando na eliminação do desperdício e melhoria contínua diariamente) estaremos sempre neste impasse…

  

Comentário de Luiz Gustavo Moreira em 15 fevereiro 2011 às 17:19
Ele esta correto não há profissionais competentes , só meia boca
Comentário de Fernando Bio em 15 fevereiro 2011 às 16:35
parece até o Brasil....

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