Fatia de importados vai a 22,2%, novo recorde
Com exceção do ano de 2009, o índice de participação de importados no mercado brasileiro sobe desde 2003, segundo pesquisa CNI-Funcex
18 de maio de 2012 | 3h 08
RENATA VERÍSSIMO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A participação dos produtos importados no mercado brasileiro de bens industriais atingiu 22,2% no acumulado dos 12 meses encerrados em março deste ano. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o novo patamar é recorde para a série histórica iniciada em 1996. O coeficiente de penetração de importações considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela indústria.
O coeficiente de penetração das importações está 0,3 ponto porcentual acima do recorde anterior, de 21,9%, no último trimestre de 2011. Segundo a pesquisa, realizada pela CNI em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), com exceção do ano de 2009, o índice de participação de produtos importados no mercado brasileiro sobe desde 2003 e acumula crescimento superior a 10 pontos porcentuais.
Já o coeficiente de participação das exportações, que mostra a evolução da proporção das vendas externas no valor da produção industrial, atingiu 18,1% no acumulado dos 12 meses encerrados em março. Foi um aumento de 0,2 ponto porcentual ante o registrado no fim de 2011. Mesmo assim, o índice está abaixo do teto histórico, de 20,4%, em 2006.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, disse que ainda será necessário um período mais longo com o dólar estável, e no atual patamar de R$ 2, para que a indústria passe a substituir os insumos importados por matéria-prima nacional. Segundo ele, a mudança exigiria novos investimentos. No entender de Azevedo, o câmbio não é o único fator que retira competitividade das empresas brasileiras.
Setores. Na indústria de transformação, a participação de insumos importados na produção dobrou em uma década, atingindo também valor recorde. Passou de 10,5%, em 2002, para 21,1% no acumulado em 12 meses até março deste ano. O setor que mais chamou atenção foi o de vestuário, cuja penetração de importados subiu de 10,6% em 12 meses até dezembro de 2011 para 12% até março deste ano. No final de 2010, era de 7,4% a participação dos importados no consumo doméstico no setor de vestuário.
Por outro lado, também permaneceu até o final do primeiro trimestre deste ano a tendência de aumento das exportações na participação no valor da produção industrial. Foi de 18,1% no acumulado em 12 meses até março. Na indústria de transformação, foi de 15,2% e na indústria extrativa alcançou 72,3% no período. "As exportações estão ganhando importância. Esta é a tendência recente", afirmou Azevedo
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temos apenas que parabenizar os ""grandes celebridades"" e simplesmente ""brindar""....governo incompetente....qdo acordar será tarde!!!! no 2º semestre será superior a 25% !!!!! e vamos continuar permitindo que se criem empregos na asia em detrimento aos brasileiros!!! governo ""bonzinho"" mas fdp
Visitei ontem uma loja atacadista, cujo nome lembra um conhecido membro deste blog, ".....'s Club" e fiquei impressionado pois quase não existe produto textil nacional, tudo importado da China, India e Paquistão. Ao sair passei em outro atacadista, materiais de construções ( Home Center ). Interessou-nos uma "Saia para colchão" , com a embalagem e rótulo de uma importante fabrica de SC ( kars..n ) e para nossa surpresa ao analizarmos melhor a embalagem: produzido no Pakistan !!! Caramba, nem isso mais fabricam em SC !!!! Talvez isso explique a situação dos empregos texteis no Brasil !!!!!
Quando visitamos os grandes magazines percebemos que esse índice assustador de 22,2% torna-se insignificante. No mix de produtos deles o percentual é muito maior.
De tanto importar indiscriminadamente estamos importando crise.
Embora o Brasil ainda esteja confortável em relação a muitos países, os indicadores econômicos começam a cair vertiginosamente. O que preocupa é que essa deterioração é muito rápida. Considerando que o 1º semestre está se configurando como um tremendo fiasco em termos de crescimento, se o governo não conseguir um segundo semestre mais empolgante estaremos muito próximos de uma recessão. Com o mundo em crise, que Deus nos acuda.
E não foi falta de alerta.
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