A pesquisa Indicadores Industriais, produzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (18), mostra que os resultados do mês de novembro de 2022 não sugerem novos impulsos da indústria de transformação – considerando a pequena variação da utilização da capacidade instalada e das horas trabalhadas e a acomodação do emprego. No entanto, houve espaço e uma relativa estabilidade de preços para o avanço dos indicadores financeiros, como faturamento, massa salarial e rendimento médio do trabalhador. Neste cenário, o faturamento avançou pelo segundo mês consecutivo e atingiu o ponto mais alto desde 2015.
O levantamento mensal, que teve início em 1992, identifica a evolução de curto prazo da atividade industrial, mais especificamente da indústria de transformação, por meio de variáveis como faturamento, emprego, remuneração e utilização da capacidade instalada. O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ressalta a relevância do levantamento para o setor industrial.
“Esta pesquisa é muito importante porque acompanha variáveis fundamentais para a compreensão do cenário no qual a indústria de transformação se encontra. Com os resultados de novembro, já compreendemos o que houve em boa parte de 2022 e identificamos uma perda do ritmo de atividade nesse fim de ano, com relativa estabilidade do emprego, das horas trabalhadas na produção e da utilização da capacidade instalada. Ainda assim, apenas em dezembro poderemos completar esse quebra-cabeça”, explica Azevedo.
Confira a entrevista completa com o economista:
Ainda de acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, a atual edição dos Indicadores Industriais, referente a novembro, apresenta um quadro em que a indústria mostra a falta de certos impulsos para continuar a atividade com crescimento. “Por outro lado, as variáveis ligadas ao rendimento do trabalhador e ao rendimento da própria indústria seguem bastante positivas”, avalia Marcelo Azevedo.
De acordo com o levantamento do mês de novembro, o faturamento real da indústria de transformação cresceu 1,4% em relação ao resultado de outubro, na série livre de efeitos sazonais. E na comparação com novembro de 2021, o faturamento teve crescimento de 9,9%. Além disso, com relação ao mercado de trabalho, as variáveis associadas à remuneração do trabalhador – massa salarial e rendimento médio – também avançaram e atingiram o ponto mais alto desde 2020.
A massa salarial real da indústria de transformação cresceu 1% na comparação com outubro, na série livre de efeitos sazonais, e o resultado do mês reverteu a queda de outubro (-0,5%). Na comparação com novembro de 2021, o crescimento da variável é de 6,8%. Já o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria teve avanço de 1% em novembro de 2022, na comparação com outubro, na série livre de efeitos sazonais. Na comparação com novembro de 2021, o rendimento apresenta avanço de 6%.
O indicador Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registrou estabilidade em novembro de 2022, com variação de 0,1 ponto percentual (p.p.), na comparação com outubro, para 80,3%, na série livre de efeitos sazonais. O indicador mede o percentual ocupado do parque industrial e o avanço acontece após uma leve tendência de queda observada desde o fim de 2021. Apesar dessa tendência da UCI, o indicador está acima dos 80% desde março de 2021. E na comparação com novembro do mesmo ano, apresenta recuo de 1 p.p.
As horas trabalhadas na produção ficaram praticamente estáveis em novembro de 2022, na comparação com outubro, ao registrar alta de apenas 0,1% na série livre de efeitos sazonais. A pesquisa destaca que, em setembro de 2022, o índice interrompeu a tendência de crescimento que seguia desde meados de 2021. Na comparação com novembro daquele ano, houve um crescimento de 1,3%.
O emprego industrial também permaneceu estável em novembro, após variação de 0,1% na comparação com outubro, na série dessazonalizada. O comportamento recente reforça a acomodação do ritmo de crescimento do emprego, que registrou sucessivas altas entre o segundo semestre de 2020 e o segundo semestre de 2022. Na comparação com novembro de 2021, a alta foi de 0,8%.
Por: Fernanda Louise
Da Agência de Notícias da Indústria
https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/faturam...
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI