produção em Simpsonville, no Estado americano da Carolina do Sul, onde a
primeira unidade está entrando em operação neste mês. Cada uma das duas
fábricas vai exigir investimentos de US$ 50 milhões e, somadas, vão
ampliar a capacidade instalada das atuais 105 mil para 140 mil toneladas
anuais no primeiro semestre de 2013.
A companhia não confirma, mas também estaria estudando a instalação de uma segunda fábrica no Brasil, menor do que as unidades anunciadas ontem, mas que servirá para complementar as linhas atuais de produtos e
deve ser definida nos próximos meses. A Fitesa Fiberweb é uma joint
venture constituída em agosto de 2009 e controlada meio a meio pelo
grupo gaúcho Petropar e pela inglesa Fiberweb. As duas sócias também
dividem os investimentos em partes iguais.
Tomando como base o acumulado até setembro, a empresa deve encerrar 2010 com receita líquida de US$ 250 milhões, ante o desempenho pró-forma de US$ 195 milhões no ano passado, enquanto a produção física deve
avançar de 65 mil para 80 mil toneladas. A maior unidade fabril fica em
Gravataí (RS), com 45 mil toneladas/ano de capacidade, mas a companhia
tem unidades em Queretaro, no México, e em Washougal, no Estado de
Washington, além de Simpsonville, as duas últimas nos EUA.
Segundo o diretor-presidente Silverio Baranzano, os investimentos têm como objetivo suportar o forte crescimento da demanda do setor, especialmente no segmento de descartáveis higiênicos como fraldas e
absorventes íntimos, que tem o desempenho diretamente vinculado à
expansão da renda da população. Na América do Sul o consumo de
não-tecidos cresce de 8% a 10% ao ano e deve chegar a quase 170 mil
toneladas em 2011.
O mercado sul-americano está sendo puxado pelo Peru, pela Colômbia e principalmente pelo Brasil, que sozinho responde por quase 60% da demanda regional e neste ano deve crescer mais de 11%, disse Baranzano.
Na América do Norte, a taxa de crescimento é menor, na faixa de 2% ao
ano, mas incide sobre um volume muito maior de consumo anual, da ordem
de 550 mil toneladas.
A unidade em Lima, que terá capacidade para 15 mil toneladas anuais, vai substituir as exportações de Gravataí para a região da costa do Pacífico na América do Sul, incluindo Peru, Equador, Colômbia e Chile.
Com isso, vai liberar capacidade de produção na unidade gaúcha para
atender o mercado brasileiro. A nova fábrica começará a ser construída
no primeiro trimestre de 2011 e deve entrar em operação um ano depois.
Conforme o executivo, 40% da produção de Gravataí é exportada atualmente, mas a operação sofre com o câmbio e, no caso da costa do Pacífico, com a demora de até 45 dias para o transporte marítimo pelo
Canal do Panamá ou pelo Estreito de Magalhães, no sul do continente. Já
com as novas unidades, a participação das vendas externas cairá para
cerca de 15% a 20% dos volumes fabricados no Rio Grande do Sul, com
embarques principalmente para o sul da América do Sul e o sul da África.
Na Carolina do Sul a fábrica confirmada ontem é a segunda etapa de um projeto anunciado em abril de 2008, quando a Fitesa era controlada apenas pela Petropar. A linha poderá produzir 20 mil toneladas por ano a
partir de 2013 e será montada ao lado da primeira, que está entrando em
operação neste mês com 22 mil toneladas/ano de capacidade instalada.
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