Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Pavilhão do prédio histórico onde a faculdade seria instalada foi destruído pelas chamas

Projeto da prefeitura era instalar a Fatec no pavilhão atingido pelo fogo e implantar seções municipais nos demais prédios

Projeto da prefeitura era instalar a Fatec no pavilhão atingido pelo fogo e implantar seções municipais nos demais prédios

Um incêndio na antiga fábrica de tecidos Cianê-Matarazzo, nos Campos Elíseos, zona Norte de Ribeirão Preto, pode atrasar a instalação da Fatec no município. Parte de um dos pavilhões históricos desabou, na tarde de sábado (7), ao ser tomado pelo fogo, que começou por volta das 13h.

Um usuário de drogas que circula pelo local diz que um colega teria provocado o incêndio, mas a perícia da polícia que indicará as causas ficará pronta em 30 dias.

O fogo comprometeu os dois mil metros quadrados onde, segundo a prefeita Dárcy Vera (PSD), seria instalada a Fatec. "Os engenheiros do Centro Paula Souza estiveram aqui fazendo as medições há poucos dias, o processo licitatório já seria aberto. Agora, possivelmente, vamos ter que começar da estaca zero", lamentou Dárcy.

O incêndio pode afetar ainda a negociação da prefeitura com o BNDES, no pleito de uma verba de R$ 9 milhões para recuperação e a ocupação de toda a área de 39 mil metros quadrados, tombada como patrimônio histórico do município. "O BNDES só sinalizou positivamente depois que fechamos com a Fatec. Foi uma estratégia coletiva que pode atravancar. Estou perdida", declara Dárcy. A resposta do BNDES está agendada para dezembro.

O projeto era acomodar, nos demais galpões, o Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto, o Museu da Imagem e do Som, a Fundação Instituto do Livro, a Biblioteca Pública, o Centro de Formação e a Casa do Turismo, conforme acordado em TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado pela Prefeitura e o Ministério Público.


Causas

Policiais e bombeiros não descartaram a possibilidade de incêndio criminoso. A secretária de Cultura, Adriana Silva, diz que esse ano a Guarda Civil Municipal registrou cinco boletins de ocorrências no local, que diariamente é ocupado por andarilhos e usuários de drogas. Um homem foi preso duas vezes furtando madeiras dos pavilhões.

Um usuário de drogas que mora na antiga fábrica e pediu para não ser identificado disse que o fogo foi ateado intencionalmente por um colega cuja esposa teria sido maltratada por guardas municipais na madrugada da última quinta-feira (6).

"Foi questão de honra. No lugar dele eu teria feito o mesmo. Ele deu sua palavra e cumpriu", afirma.


"Chorei quando vi o incêndio. É muita tristeza"

Moradora dos Campos Elíseos, a aposentada Clarice Lago de Araújo, 76 anos, chorou quando viu um dos pavilhões em chamas. Foi ali que a ribeirão-pretana trabalhou por 30 anos, como funcionária da fábrica de tecidos das Indústrias Matarazzo. "Estava feliz com o anúncio da recuperação do prédio e agora vem essa tragédia", declara.

De acordo com a tenente Karina Moreira, o fogo foi controlado em 20 minutos, mas os pavilhões vizinhos precisaram ser resfriados para não serem comprometidos.
A Polícia Militar fez patrulhamentos, pois, segundo moradores, um homem teria saído correndo do pavilhão, após o início do fogo. "O prédio todo foi isolado para segurança das pessoas, já que há risco de novo desabamento", ressalta o soldado Sérgio Alves dos Santos. Ninguém foi detido.

Fonte:|http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2011/10/08/fogo-n...

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