Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fotografias impressas e não impressas: do analógico ao digital

O digital tirou das pessoas o hábito de imprimir fotografias, pasteurizou a criatividade e diminuiu a técnica. Existe uma nostalgia pela foto impressa?

Instagram? Não, este é um exemplar feito na Lomo. Foto: Lomography

Vivemos numa era sobrecarregada de imagens. Se é fácil para qualquer um fotografar, através de smartphones - do prato prestes a ser comido a poses no espelho antes de sair de casa -, vivemos numa época em que todo mundo é criador de imagens, o tempo todo. As fotografias digitais, por outro lado, diminuíram nossa capacidade de armazenagem, e se perdem em arquivos, redes sociais e nuvens. Muito diferente das antigas fotografias analógicas, que antes formavam álbuns de família inteiros, guardados como relíquia.

 

Há, é claro, saudosismo: o retrô trouxe algumas formas de fotografia analógica para o presente, criando legião de fãs, como é o caso das polaroids, e, com mais intensidade, da russa Lomo. A própria marca incentiva uma sociedade ao redor dos amantes das lentes, quase um lifestyle. A lomografia, que exige certo expertise para gerar bons cliques com suas lentes diversas, é para amadores iniciados. 

 

Instagram: retratar o cotidiano e compartilhá-lo diariamente faz parte de nossa era saturada de imagens.

 

 

Aliás, para a geração que praticamente nasceu usando câmeras digitais, até a manipulação da câmera analógica comum pode ser um desafio. Prestar atenção em cuidados com o filme (que deve estar refrigerado), recarregá-lo quando terminar e, é claro, se ater a poucas chances para extrair uma fotografia perfeita (os famosos filmes de 12 fotos, 24, 36...) são algumas das dificuldades. O que pode, sem dúvida, ser um fator de criatividade: sem o luxo de tirar várias versões para escolher a melhor, deve-se refletir mais antes do clique.

 

Inúmeras possibilidades para o clique: a fotografia digital permite que testemos até que a imagem saia como desejada.

 

Com a massificação das fotografias com o smartphone, principalmente daquele famoso aplicativo com filtros que todos amamos, não há dúvida de que ele - o Instagram - pasteurizou a criatividade das pessoas para a fotografia. Um padrão estético foi desenvolvido, sendo difícil escapar dele na hora de registrar um momento. Mesmo o Instagram tem passado por um saudosismo pelo impresso, como o Printstagram, que promete imprimir os seus registros favoritos.

 

 

O 2D vai para o 3D através da impressão. Foto: Wired UK

 

Novas possibilidades tecnológicas trouxeram o 2D para o 3D. As impressoras 3D permitem que, por exemplo, fotografias sejam reproduzidas em relevo, através da diferenciação que a máquina faz entre luz e sombra. A cabine japonesa que imprime miniaturas de pessoas em 3D são um outro lado dessa tecnologia. Já é possível imaginar retratos de todos os tipos em três dimensões? Ou o nosso ideal de registro fotográfico é mesmo o digital?

 

Vivian Berto

Just When You Got Digital Technology, Film Is Back

Tendere - Pesquisa de Tendências e Consultoria em Moda, Beleza e Design

www.tendere.com.br

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Comentário de Jorge Medeiros em 22 agosto 2013 às 13:08

Sou fotografo amador há muitas decadas, daqueles que tinha laboratório em casa e participaca da ABAF, um clube de fotografia.

Aderi à digital desde 1998 e tenho convertido albuns e caixas de fotos analógicas em digital, com resultados muito bons.

Tenho até um acessório para fotografar direto o negativo.

Muito melhor ve

ê-las grandes e luminosas. Fora os acertos possíveis no Photoshop.

Fotos pequenas, eu escaneio com 1200 dpi, depois, amplio para 48 cm de largura, e reduzo a resolução para 180dpi. Se vou imprimir para um porta-retratos imprimo com 300 dpi no tamanho necessário.

Depois tem um trabalhoso processo de limpeza de pontos,  que aparecem, sobretudo em fotos bem antigas, no Photoshop, onde a ferramenra "Patch tool" ajuda de sobremaneira.

O filtro "Noise", em "Dust & scratches" pode ajudar muito, mas tem que saber usar combinado com o "History brush".

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