Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O que você e o planeta ganham com a moda eco-friendly.

indústria da moda é o segundo setor mais poluente do mundo. Mas existe uma alternativa: a moda verde. 

É indiscutível que o preto sempre foi um clássico da moda. De alguns anos para cá, é nítido também que o verde caminha a passos largos para se consolidar na indústria fashion como a nova estrela - e não estamos nos referindo à cor - mas a um estilo de vida verde. 

A indústria da moda é o setor com o maior impacto sobre as pessoas e o planeta (é o segundo mais poluente do mundo, perdendo apenas para a indústria do petróleo e da mineração). Para se ter uma ideia do tamanho do estrago, malhas de poliéster, a fibra sintética mais usada na indústria têxtil em todo o mundo não requer apenas 70 milhões de barris de petróleo todos os anos, segundo especialistas, como leva mais de 200 anos para se decompor. A viscose, outra fibra artificial, mas feita de celulose, exige a derrubada de 70 milhões de árvores todos os anos. 

Antes do fast fashion nosso desejo era por peças de melhor qualidade, não em maior quantidade - segundo dados do Copenhagen Fashion Summit, hoje o mundo compra 80 bilhões de peças de roupa por ano. E para onde vai tudo isso? Os danos causados pelas roupas e acessórios descartáveis incluem catástrofes ambientais e injustiças sociais - para satisfazer nossos hábitos vorazes de consumo, milhões de pessoas - a maioria, mulheres - são escravizadas em um ciclo de pobreza, produzindo roupas baratas e rápidas para atender a demanda. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), Bangladesh é o segundo maior exportador de vestuário do mundo e tem 85% da sua mão de obra formada por mulheres. 

Existe, no entanto, uma alternativa em curso. Reflexo dos novos hábitos culturais da sociedade, hoje o fast food está precisando se adaptar a novas regras e a novos estilos de vida, se tornando mais slow e mais low (menos calórico, menos gorduroso, menos processado e menos artificial). Esse movimento começa cada vez mais a se fazer presente também na moda e promete em um futuro próximo modificar a postura dos conglomerados de fast fashion mundiais. Até porque o planeta não vai resistir por muito mais tempo a um consumo tão desenfreado e a tanto lixo e poluição. 

Quando você opta por consumir uma moda mais slow, verde e ecológica, você não está ajudando apenas o meio ambiente, reduzindo o consumo excessivo e o descarte, mas está ajudando também pessoas. Comprando de empresas locais você proporciona a criação e a manutenção de empregos e renda. Além do respeito pelo planeta e os seres humanos, a moda verde também prega o respeito pelos animais, ao não utilizar em sua cadeia produtiva artigos de origem animal. 

Um exemplo disso são as alpargatas Liker, que não utilizam nenhuma matéria-prima de origem animal, assim como produtos poluentes no seu processo produtivo. São produzidas tendo como base o tecido, muitos deles reciclados ou reaproveitados, como na linha Recycle, produzida a partir de sobras de tecidos oriundos dos excessos de produção, que do contrário teriam como destino o descarte. A linha Jeans Deluxe também é outro destaque da marca e foi pensada para a reutilização de calças jeans, que passam por um processo de lavagem e limpeza, trazendo forte apelo ecológico, além de proporcionar produtos únicos, onde cada par se torna exclusivo. 
São utilizadas ainda solas de borracha reciclada, cola à base d'água no processo de montagem e todas as embalagens são produzidas a partir de papelão reciclado, oriundo de descarte. 

Como você pode ver, com a moda eco-friendly você, o planeta e todas as pessoas ganham. E isso não significa que você não deve mais usar aquele pretinho básico, mas sim que o pretinho básico precisa se tornar mais verde para continuar sendo lindo e indispensável.

https://www.terra.com.br/noticias/dino/green-is-the-new-black,ee020...

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