A Hope, fabricante e varejista de lingeries, inaugura, entre fevereiro e março, uma nova unidade de produção localizada na cidade de Maranguape (CE), para antecipar em dois anos a expectativa de crescimento do grupo. Com isso, a produção deve ser ampliada em 20%.
A unidade será instalada no mesmo terreno de sete mil metros quadrados onde já funcionam outras duas operações da empresa. O valor investido não foi informado.
A ampliação é uma maneira de o grupo se preparar para atender uma nova demanda. É que alguns projetos estão saindo do papel. Com 62 lojas franqueadas no país, a Hope inaugura em outubro o primeiro ponto fora do Brasil, localizado em Buenos Aires (Argentina). Além disso, vai abrir as primeiras lojas de rua no Brasil. Dois pontos, que serão lojas-piloto, devem ser instalados em Juiz de Fora e em Itatiba, ambos em Minas Gerais, em setembro e outubro, respectivamente. A empresa opera no varejo por meio de franquias.
Também existe um outro projeto sendo desenhado pelo comando. No prazo de três anos, a Hope deve abrir dez lojas-conceito, com cerca de 100 metros quadrados (mais que o dobro da média das lojas atuais). Serão instaladas em shopping centers que atendem público de alta renda. A primeira loja-conceito abre neste ano. É possível que ela seja aberta na rua Oscar Freire, no bairro dos Jardins, em São Paulo, mas isso ainda não está acertado.
"Devemos fechar o ano com um total de 90 lojas em operação e mais 20 contratos de novos pontos assinados para abertura no início de 2012", conta Carlos Padula, diretor da Hope e principal executivo da companhia. A varejista soma hoje 62 pontos no país.
Padula reforça que o projeto de exportação da marca não é prioridade. "Na Argentina, apareceu uma boa oportunidade com um franqueado e aproveitamos, mas queremos esgotar as possibilidades no Brasil", afirma. Com faturamento estimado pelo setor de R$ 170 milhões em 2010, a Hope prevê crescer 40% neste ano. Os investimentos em marca, treinamento e produção das peças são feitos com capital próprio.
"Temos planos aprovados para até o ano de 2015 e tudo deve ser feito com capital próprio", diz Sandra Chayo, diretora de marketing. "Até chegamos a conversar com fundos [de private equity] quando começaram a nos procurar, mas paramos", diz Sandra, filha de Nissim Hara, o libanês de 74 anos que fundou a Hope em 1966.
Hara continua na empresa, atuando nos comitês estratégicos da companhia. Foi ele que defendeu a contratação de Gisele Bündchen como garota-propaganda da marca e na criação de uma linha em parceria com a modelo no ano passado. Segundo informações de mercado, após a contratação de Gisele, as vendas da Hope cresceram 30%, número que a empresa não comenta.
O afastamento de Hara do dia a dia do negócio aconteceu dentro de um processo de profissionalização da companhia que se intensificou no último ano. Carlos Padula (ex-Puquet) foi contratado no ano passado dentro desse planejamento. As filhas de Hara, Sandra, Daniela e Karen, participam dos comitês internos. Também foram contratados três novos executivos de mercado para as áreas de comércio eletrônico, franquias e novos negócios.
Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/983766/hope-abre-nova-fabrica-e-in...
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A história empresarial brasileira tem mostrado que a profissionalização e afastamento da familia tem aceitaçao em momentos de prosperidade, em momentos recessivos ou quando as gestão enfrentam turbulências vê-se o retrocesso.
A empresa brasileira é encarada como fonte de poder para o mandatário, por essa razão a situaçao de mando recebe, às vezes, mais destaque que o próprio lucro.
A empresa extropla o conceito de negócios e se torna o filho(a) amado(a). Há forte apego sentimental, isso torna o outsider ( ou forasteiro ) um intruso.
Nós, de modo geral, nao exercitamos a venda de parte da empresa a todo momento ( ações ), dessa forma estamos sempre mais próximo do empresário- criador do que do empreendedor-explorador.
Poucos vendem suas empresas, ainda que com lucros substanciais, sem experimentar brutal sentimento de perda.
Todo processo de profissionalizaçao merece ser acompanhado para aprendizado!
No Brasil isto é uma coisa dificil de acontecer.
Um empresa de cunho familiar se profissionalizar para as próximas gerações.
É muito bom começar a ver isto acontecer no Brasil.
Parabéns Nissim Hara e familia!
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