Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Hope (lingerie) Abre Nova Fábrica e Inaugura Loja na Argentina

Ana Paula Paiva/Valor/Ana Paula Paiva/ValorCarlos Padula, diretor da Hope: "Devemos fechar o ano com 90 lojas em operação e com o plano de ter a primeira loja-conceito própria ainda neste ano"

A Hope, fabricante e varejista de lingeries, inaugura, entre fevereiro e março, uma nova unidade de produção localizada na cidade de Maranguape (CE), para antecipar em dois anos a expectativa de crescimento do grupo. Com isso, a produção deve ser ampliada em 20%.

A unidade será instalada no mesmo terreno de sete mil metros quadrados onde já funcionam outras duas operações da empresa. O valor investido não foi informado.

A ampliação é uma maneira de o grupo se preparar para atender uma nova demanda. É que alguns projetos estão saindo do papel. Com 62 lojas franqueadas no país, a Hope inaugura em outubro o primeiro ponto fora do Brasil, localizado em Buenos Aires (Argentina). Além disso, vai abrir as primeiras lojas de rua no Brasil. Dois pontos, que serão lojas-piloto, devem ser instalados em Juiz de Fora e em Itatiba, ambos em Minas Gerais, em setembro e outubro, respectivamente. A empresa opera no varejo por meio de franquias.

Também existe um outro projeto sendo desenhado pelo comando. No prazo de três anos, a Hope deve abrir dez lojas-conceito, com cerca de 100 metros quadrados (mais que o dobro da média das lojas atuais). Serão instaladas em shopping centers que atendem público de alta renda. A primeira loja-conceito abre neste ano. É possível que ela seja aberta na rua Oscar Freire, no bairro dos Jardins, em São Paulo, mas isso ainda não está acertado.

"Devemos fechar o ano com um total de 90 lojas em operação e mais 20 contratos de novos pontos assinados para abertura no início de 2012", conta Carlos Padula, diretor da Hope e principal executivo da companhia. A varejista soma hoje 62 pontos no país.

Padula reforça que o projeto de exportação da marca não é prioridade. "Na Argentina, apareceu uma boa oportunidade com um franqueado e aproveitamos, mas queremos esgotar as possibilidades no Brasil", afirma. Com faturamento estimado pelo setor de R$ 170 milhões em 2010, a Hope prevê crescer 40% neste ano. Os investimentos em marca, treinamento e produção das peças são feitos com capital próprio.

"Temos planos aprovados para até o ano de 2015 e tudo deve ser feito com capital próprio", diz Sandra Chayo, diretora de marketing. "Até chegamos a conversar com fundos [de private equity] quando começaram a nos procurar, mas paramos", diz Sandra, filha de Nissim Hara, o libanês de 74 anos que fundou a Hope em 1966.

Hara continua na empresa, atuando nos comitês estratégicos da companhia. Foi ele que defendeu a contratação de Gisele Bündchen como garota-propaganda da marca e na criação de uma linha em parceria com a modelo no ano passado. Segundo informações de mercado, após a contratação de Gisele, as vendas da Hope cresceram 30%, número que a empresa não comenta.

O afastamento de Hara do dia a dia do negócio aconteceu dentro de um processo de profissionalização da companhia que se intensificou no último ano. Carlos Padula (ex-Puquet) foi contratado no ano passado dentro desse planejamento. As filhas de Hara, Sandra, Daniela e Karen, participam dos comitês internos. Também foram contratados três novos executivos de mercado para as áreas de comércio eletrônico, franquias e novos negócios.

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/983766/hope-abre-nova-fabrica-e-in...

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Comentário de Ivan Postigo em 23 agosto 2011 às 18:18

A história empresarial brasileira tem mostrado  que a profissionalização e afastamento da familia tem aceitaçao em momentos de prosperidade, em momentos recessivos ou quando as gestão enfrentam turbulências vê-se o retrocesso.

A empresa brasileira  é encarada como fonte de poder para o mandatário, por essa razão a situaçao de mando recebe, às vezes, mais destaque que o próprio lucro. 

A empresa extropla o conceito de negócios e se torna o filho(a) amado(a). Há forte apego sentimental, isso torna o outsider ( ou forasteiro )  um intruso.

Nós, de modo geral, nao exercitamos a venda de parte da empresa a todo momento ( ações ), dessa forma estamos sempre mais próximo do empresário- criador do que do empreendedor-explorador.

Poucos vendem suas empresas, ainda que com lucros substanciais, sem experimentar brutal sentimento de perda.

Todo processo de profissionalizaçao merece ser acompanhado para aprendizado!

 

 

 

 

 

Comentário de Gustavo Pereira dos Santos em 23 agosto 2011 às 15:45

No Brasil isto é uma coisa dificil de acontecer.

Um empresa de cunho familiar se profissionalizar para as próximas gerações.

É muito bom começar a ver isto acontecer no Brasil.

Parabéns Nissim Hara e familia!

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