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Ibovespa firma alta com Vale e Petrobras, após início de sessão volátil

Por InfoMoney

Na véspera, benchmark da bolsa atingiu o menor patamar desde agosto, ação da Petrobras registrou forte volatilidade na primeira hora do pregão, mas firma alta; atenção para dados dos EUA e Copom

Ibovespa tem início de sessão volátil com Vale e Petrobras (Divulgação)

SÃO PAULO - Após registrar uma baixa de 1,56% na véspera, a 51.446 pontos e atingir o menor patamar desde agosto, o Ibovespa abriu em alta na sessão desta quarta-feira, puxada por Vale (VALE3;VALE5) e (PETR3;PETR4), que abriram com expressivos ganhos, mas diminuiu os ganhos também puxado pelos papéis das duas empresas. Após um movimento de forte volatilidade para as ações das blue chips na primeira hora do pregão, o índice firma alta, em meio à consolidação do movimento positivo das duas companhias. Com isso, às 11h08 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa registrava ganhos de 0,95%, a 51.936 pontos.

Vale ressaltar que tanto a Vale quanto a Petrobras tiveram forte queda na véspera, a primeira em meio à suspensão do julgamento no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e a petrolífera em meio às notícias de que uma nova metodologia possa ser barrada.

Os bancos também chamam a atenção, registrando leves ganhos. Nesta sessão, terá início o julgamento sobre os planos econômicos no STF (Supremo Tribunal Federal). Como destaque de alta, vale ressaltar ainda os papéis da MMX Mineração (MMXM3), que diminuem os ganhos após chegarem a subir 5,97% mais cedo; a companhia divulgou nesta manhã um impairment de R$ 913 milhões referente à Serra Azul e Bom Sucesso após a revisão do plano de negócios.

Destaque também para as ações do setor de rodovias. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizou o segundo leilão do PIL (Programa de Investimentos em Logística) do governo federal, da BR-163, em Mato Grosso. A Odebrecht foi a vencedora, com um deságio de 52% em relação à tarifa-teto indicado pelo governo. A CCR (CCRO3), que também participou da disputa, mas não levou, registra perdas de 1,18%, a maior queda do benchmark da bolsa.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, são:

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:

Noticiário econômico movimentadoJá no noticiário econômico, o mercado segue na expectativa pelos dados da economia norte-americana, além de aguardar um desfecho para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Nos EUA, haverá uma bateria de indicadores econômicos nos EUA, que prometem trazer volatilidade na véspera do feriado de Ação de Graças, quando os mercados ficarão fechados por lá. Nos EUA, a divulgação do Durable Good Orders, Chicago PMI, Michigan Sentiment, Leading Indicators e estoques de petróleo serão destaques nesta sessão e devem movimentar o mercado nesta sessão.

No Brasil, os investidores também devem aguardar a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária). A maior parte dos economistas acredita em uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic, que voltaria para o patamar de dois dígitos, a 10% ao ano, em meio à preocupação com a inflação.

Sessão asiática e europeia

A sessão asiática foi mista. Em movimento diverso ao da véspera, as bolsas chinesas registraram alta, os movimentos das outras bolsas foram mornos, em meio à realização de lucros e o aumento das tensões políticas na região, sendo que nem mesmo os modestos ganhos na véspera em Wall Street foram capazes de aumentar a aversão ao risco do mercado.

Nesta sessão, destaque para um imbróglio político entre a China e os Estados Unidos. Dois aviões militares norte-americanos B-52 sobrevoaram a região onde fica o arquipélago disputado entre a China e o Japão, sem avisar as autoridades chinesas. Vale ressaltar que no fim de semana, Pequim declarou que a região faz parte de uma nova zona de defesa aérea.

Porém, os mercados chineses tiveram alta impulsionados pelos pela declaração do presidente do Banco do Povo Chinês de que aumentará a cota de investidores institucionais qualificados, tanto estrangeiros como domésticos, o que ofuscou a notícia de que Pequim colocaria três limites rígidos no mercado interbancário, principalmente para a concessão de crédito. As ações de empresas ferroviárias também tiveram ganhos. Por outro lado, o índice Nikkei recuou pelo segundo dia consecutivo, com os investidores aproveitando a aproximação do feriado nos EUA para realizar ganhos.

As bolsas europeias registram ganhos, na esteira de diversos indicadores econômicos. O grande destaque fica para a Alemanha, cujo índice de confiança do consumidor atingiu o maior nível em sete anos e com a chegada a um acordo para formar uma coalizão para o terceiro governo da chanceler Angela Merkel.

O Reino Unido também está no radar: o PIB teve alta de 0,8% no terceiro trimestre ante abril e junho deste ano e alta de 1,5% frente ao mesmo período do ano passado, não se alterando em relação às primeiras estimativas do governo britânico.