Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Importação de viscose da China será sobretaxada


As importações brasileiras de malhas de viscose, com ou sem elastano, da China ficarão mais caras, segundo decisão tomada hoje pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), presidido pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Será aplicada uma sobretaxa de US$ 4,10 por quilo por um período de até cinco anos. Investigações feitas pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) do MDIC concluíram que as importações de malha de viscose da China causaram dano à indústria brasileira em função da prática de dumping.

 

O pedido de investigação para aplicação de antidumping foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). A investigação foi aberta pelo Decom em novembro de 2009. As malhas de viscose são utilizadas na fabricação de roupas, principalmente para o público feminino, sendo as mais comuns: blusas, saias, vestidos e acessórios. O Imposto de Importação do produto é de 26%, segundo o ministério do Desenvolvimento.

 

O Gecex também decidiu aplicar direito antidumping provisório, por um prazo de até seis meses, às importações brasileiras de n-Butanol dos Estados Unidos. O n-Butanol é um solvente orgânico usado na produção de plastificantes, na indústria de tintas e vernizes, perfumes e intermediários para detergentes e antibióticos. A alíquota do Imposto de Importação do produto é de 12%. O pedido de investigação, aberta em julho do ano passado, foi feito pela única produtora nacional de n-Butanol, a Elekeiroz S.A. O valor da sobretaxa vai variar entre US$ 125,74 por tonelada do produto a US$ 244,91 por tonelada, dependendo da empresa exportadora.

 

 

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Comentário de Textile Industry em 7 abril 2011 às 9:36
A aplicação de sobretaxas às importações de malhas de viscose, com ou sem elastano, provenientes da China foi considerada uma "grande vitória" pelo Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana e Região (Sinditec). As cidades da Região do Polo Têxtil (RPT) produzem cerca de 250 toneladas por mês e vinham sofrendo com a concorrência. A partir de agora os produtos que se enquadram nessa categoria serão taxados em US$ 4,10 por quilo por um período de até cinco anos. A decisão foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento. As malhas de viscose são utilizadas na fabricação de roupas, principalmente para o público feminino, sendo as mais comuns: blusas, saias, vestidos e acessórios.

"A produção de malhas de viscose da região poderia ser triplicada, se não fossem os problemas ocasionados com as importações fraudulentas da China", enfatizou o presidente do Sinditec Fábio Beretta Rossi. O pedido de investigação para aplicação de antidumping foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT). O processo foi aberto em novembro de 2009. O Imposto de importação é de 26%, segundo o Ministério do Desenvolvimento. As importações dos tipos de viscose sobretaxados somaram mais de US$ 95 milhões em 2010.

O Ministério do Desenvolvimento concluiu que as importações causaram dano à indústria brasileira em função da prática de dumping, ou seja, os produtos entraram no Brasil com preços abaixo dos praticados no mercado do país exportador. "Essa medida vai se refletir positivamente no setor, porque as malhas estavam entrando no país com ajuda do governo chinês, que estava subsidiando o produto", afirmou Beretta Rossi.

Frente
A diretoria do Sinditec esteve em Brasília na terça-feira para prestigiar a reinstalação da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Têxtil, que já conta com a adesão de mais de 250 congressistas. O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) será o coordenador na Câmara dos Deputados, enquanto o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) ocupará a mesma função no Senado. O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB) foi escolhido para ser o coordenador da Frente Parlamentar no estado de São Paulo.

Em audiência com o ministro-interino da Agricultura, o americanense Milton Ortolan, o presidente do Sinditec apresentou o problema da alta do preço e da falta do algodão no mercado. A expectativa do governo é que a situação volte à normalização com o início da safra, prevista para o mês de maio.

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