Impostos: impacto tributário não deve ser reduzido neste ano
Por InfoMoney
SÃO PAULO - O impacto tributário não deverá ser reduzido neste ano, por conta de algumas medidas tomadas pelo governo. “Se o governo não tomar cuidado - redução do consumo impactando na empregabilidade e na evolução do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 -, as previsões podem ser nada otimistas”, avalia o o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves.
Entre as medidas citadas pelo coordenador está o aumento da tabela do IR (Imposto de Renda), cujo reajuste foi de 4,5% no ano, ante os 6,5% da inflação. “Com o ajuste abaixo da inflação, o contribuinte passa a ter um ganho real fictício, se sua remuneração foi majorada”, comenta Gonçalves.
Segundo Gonçalves, outra medida que pode afetar o impacto tributário neste ano é o estímulo para que as empresas que estavam na informalidade passem para a formalidade. “Isto inclui as empresas que estavam na informalidade, inclusive beneficiando as que estariam fora do Simples por não honrarem com os pagamentos dos tributos, permitindo que continuem na formalidade, mas com débitos parcelados”, comenta.
São Paulo
A terceira medida, de acordo com o coordenador, foi o fato de os governos estaduais irem na contramão da queda dos impostos, principalmente aqueles beneficiados pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). “O governo de São Paulo, por exemplo, está majorando o IVA (Índice de Valor Adicionado), que é aplicado indiretamente nos impostos devidos pelo consumidor, mas sobre aqueles que intermediam a operação, ou seja, o comércio em geral”, explica.
Segundo Gonçalves, com o aumento, o consumidor final pagará mais impostos e, certamente, aumentará a arrecadação. Em São Paulo, a medida atingirá todos os segmentos hoje obrigados a recolher os impostos por substituição tributária e deverá finalizar os reajustes até o final de julho de 2012.
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