Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Indústria diz a candidato que é preciso exigir contrapartida antes de abertura comercial

Medidas para o crescimento da economia e o fortalecimento da indústria, além da preocupação com eventual abertura comercial unilateral, foram alguns dos assuntos levantados em encontro na segunda-feira entre o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, e representantes de seis entidades industriais.

Resultado de imagem para imagens de indústria

Segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), um dos participantes da reunião, a entidades não deram apoio formal ao candidato, mas manifestaram interesse em ajudar a montar uma agenda de governo, caso Bolsonaro seja eleito.

Costurado pelo presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o encontro aconteceu na casa de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e contou também com a participação dos presidentes da Abit, associação que reúne a indústria têxtil, da Abimaq, do setor de máquinas e equipamentos, da Abiquim, da indústria química, e da CBIC, do setor de construção.

Segundo Castro, todas as seis entidades se manifestaram contra a redução unilateral de tarifas de importação. A medida, que estaria em estudo pela equipe do presidenciável, retiraria os instrumentos de negociação nos acordos comerciais, diz o presidente da AEB. Para ele, a redução de tarifas deve acontecer paralelamente à diminuição do custo Brasil.

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, diz que, além de abertura comercial, foram discutidos o crescimento econômico, com ênfase em construção civil e infraestrutura, soberania nacional (garantia de conteúdo nacional), ajuste fiscal e reformas previdenciária e tributária. O encontro foi tranquilo, diz ele, e, depois que os executivos apresentaram as propostas, Bolsonaro afirmou que pediria a Guedes para "conversar sobre esses pontos com as associações".

Antes do início da campanha, a Abiquim encaminhou a lideranças políticas o documento "Um outro futuro é possível", no qual pedia que os futuros candidatos incluíssem a política industrial em seu programa. Depois, manteve reuniões com representantes de praticamente todos os presidenciáveis. Oficialmente, não declarou apoio a nenhum candidato, já que o estatuto da associação não permite manifestações de cunho político.

"Os setores industriais foram conversar sobre pautas que serão relevantes para o crescimento e a retomada do emprego. Colocamos que é importante manter esse diálogo com a indústria. Ele se mostrou aberto ao diálogo, o que nós elogiamos bastante", disse Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). A reunião, segundo o dirigente, foi republicana e muito produtiva e não houve declaração formal de apoio a Bolsonaro.

"O setor não está dizendo que apoia, até porque é formado por muitas pessoas. O setor se manifesta muito favoravelmente àqueles que dizem que vão trabalhar para tirar entraves à produção do Brasil", diz Pimentel. Ele acrescentou que está aberto a ser chamado para conversar com a equipe de Fernando Haddad antes de domingo.

Na abertura do encontro, o deputado federal pelo Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni (DEM), que intermediou o encontro e é cotado como chefe da Casa Civil em caso de vitória de Bolsonaro, afirmou que os executivos estavam ali para declarar apoio ao candidato.

O encontro foi uma "forma simbólica de demonstrar apoio a suas propostas", diz o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. Ele ressaltou que os estatutos impedem as entidades de exprimir apoio formal a candidatos. O encontro teve como objetivo, conforme Martins, "abrir um espaço de diálogo" com Bolsonaro.

Para José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o encontro mostrou convergência de ideias sobre quais devem ser os rumos da economia do Brasil. "Foi uma questão de apoio a essas ideias que ele tem sobre a mesa. Nós apoiamos a iniciativa do candidato de querer reativar a economia através da reativação da indústria. Foi coincidente com o que a gente pensa", afirmou Velloso, que diz não haver apoio formal da entidade. (Marta Watanabe, Gustavo Brigatto, Chiara Quintão, Stella Fontes e Rodrigo Rocha)

https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/industria-diz-a-can...

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 103

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço