Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indústria está sem apresentar crescimento há 3 anos

Indústria está sem apresentar crescimento há 3 anos

Por:estadao

A indústria de transformação brasileira parou de crescer há três anos,
freada pelo câmbio valorizado, pelo custo Brasil e pelo excesso de oferta
mundial. Desde julho de 2008, logo antes do início da crise global,
praticamente não houve crescimento da produção de manufaturados nem do nível de
emprego no setor. Pelos números do PIB, a expansão da indústria de
transformação de julho de 2008 a julho de 2011 foi de apenas 1%, comparada a 7,8%
para a construção civil e 10,5% para os serviços.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange as seis maiores
regiões metropolitanas, o emprego industrial cresceu apenas 2,2% naquele mesmo
período. Enquanto isso, o emprego se expandia em 13,7% na construção civil e
11,8% nos serviços.

A pressão sobre a indústria fica clara na migração de fábricas de
empresas nacionais para o exterior, como na recente decisão da Paquetá Calçados
de transferir a unidade exportadora de Sapiranga (RS) para a República
Dominicana.

A desaceleração do PIB do segundo trimestre para 0,8% (3,2% em ritmo
anualizado) ante os três primeiros meses do ano, na série sem influências
sazonais, teve como freio principal a quase paralisia da indústria. O ritmo foi
de apenas 0,2% (0,8% anualizado).

Transformação

No setor industrial, porém, o item que de fato segurou o crescimento foi
a indústria de transformação, com expansão nula. A transformação corresponde a
62% da indústria, e abarca todas as manufaturas. Não fazem parte da indústria
de transformação o segmento extrativo-mineral, a construção civil e
eletricidade, água, esgoto e limpeza urbana.

A fraqueza da indústria de transformação também fica clara no fato de
que o seu nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) pode cair abaixo
da média histórica nos próximos meses, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Todo esse quadro de enfraquecimento industrial pesou na decisão do Banco
Central de cortar a taxa básica, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 12%, na
última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mas o fato de que a paralisia já dura três anos leva alguns economistas a defender a ideia de que o
problema na indústria não é conjuntural, mas sim estrutural. Nessa visão, a
indústria está perdendo peso relativo dentro da economia, atingida por uma
combinação de fatores que favorece a agricultura, as matérias-primas e o setor
de serviços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo



 

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