O ritmo de crescimento da indústria brasileira perdeu fôlego no final de 2010, informou nesta quinta-feira (27) a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Em dezembro, a produção registrou uma queda de oito pontos, marcando 44,7 em uma escala que vai de zero a cem.
Essa foi a segunda vez que o indicador ficou abaixo dos 50 pontos, sendo que da outra vez, em janeiro, foi de 49,2 pontos.
Para a CNI, os principais problemas registrados pelos empresários foram a elevada carga tributária, a competição acirrada de mercado e, subindo cada vez mais posições, a falta de trabalhadores qualificados.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, a falta de qualificação foi apontada como empecilho aos negócios por 26,5% das empresas ouvidas no 3º trimestre e pulou para 30,2% no 4º trimestre.
Dos 26 setores produtivos pesquisados, em 20 o índice de evolução da produção encontra-se abaixo dos 50 pontos. Os setores que apresentaram maior queda foram o de calçados, têxteis, indústrias diversas, metalurgia básica e madeira.
Em um movimento contrário, os que tiveram aumento da produção em dezembro foram bebidas, alimentos, móveis e outros equipamentos de transporte.
Apesar deste cenário, o número de empregados na indústria apresentou crescimento pelo sexto trimestre consecutivo, marcando 52,2 pontos.
Mesmo sendo o menor crescimento registrado no período, o número ainda está acima da média histórica de 50,2 pontos.
Segundo o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, 22 setores registraram indicador de evolução no número de empregos acima da linha dos 50 pontos.
- Ainda estamos acima do nível registrado no quarto trimestre de 2008, quando a crise econômica estourou. Há uma perda de ritmo no crescimento, o que poderia indicar uma preocupação, mas esperamos que esse nível se mantenha até um ajuste do setor.
FONTE: PORTAL R7
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