Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Inteligência Artificial chega para dar superpoderes às pessoas

Segundo a Accenture, a 4ª onda de evolução da tecnologia influenciará 40% das horas trabalhadas hoje por profissionais que passarão, assim, a se concentrar na criação real de valor.


Nos últimos 200 anos, as invenções da máquina a vapor, eletricidade e tecnologia da informação marcaram as três ondas de evolução tecnológica na história da humanidade. A IA generativa inaugura a quarta. Essas tecnologias têm em comum o poder de transformar a vida das pessoas e a maneira que as empresas conduzem seus negócios, tudo ao mesmo tempo. Na Accenture, globalmente, mais de 1,6 mil talentos se dedicam a explorar, experimentar e entender melhor o potencial da IA generativa em um Centro de Excelência lançado em março. “Foi um movimento global para atacar o tema. Nunca tomamos uma decisão tão grande, tão rápida e em escala como essa”, afirma Daniel Lázaro, líder de Data & AI da Accenture para Growth Markets. “Acreditamos que essa tecnologia vai mudar de forma material como encaramos alguns temas, levamos discussões a clientes, estruturamos equipes, e treinamos pessoas para situações como a implantação de sistemas, por exemplo.”

Com a sofisticação dos algoritmos, alimentados por dados disponíveis na internet, textos, imagens, e com múltiplas camadas de aprendizado, o foco passou para a linguagem. Mais do que conteúdo, a IA generativa tem fascinado as pessoas e impactado profundamente a sociedade, as organizações e os consumidores pela capacidade de produzir experiências essencialmente humanas, com memória e contexto. “Estamos num ponto de inflexão para a IA, daqueles momentos que entrarão para a história”, diz Flávia Picolo, líder de Accenture Technology para a América Latina. Não por acaso, segundo a gigante multinacional, 98% dos executivos globais concordam que os modelos fundamentais de IA terão papel importante nas estratégias de suas organizações no período de três a cinco anos.

A pesquisa Uma nova era de IA generativa para todos, da Accenture, estima que 40% das horas de trabalho serão impactadas pela tecnologia Large Language Models (LLMs), potencializando a produtividade. Do ponto de vista de postos de trabalho, o banco de investimentos Goldman Sachs previu que, globalmente, a IA generativa influenciará 300 milhões de vagas. “Isso não significa que todos esses empregos serão eliminados, mas que pessoas que atuam nessas posições terão como copiloto a tecnologia que automatizará tarefas”, afirma Flávia. “Para os profissionais, ficará o superpoder de se concentrar na criação de valor.”

A diversidade é chave nesse processo de reinvenção total, e fica evidente na conjunção de profissionais com diferentes backgrounds, como consultoria, tecnologia, marketing digital, direito, jornalismo, entre outros, que compõem o Centro de Excelência em IA generativa. Segundo Lázaro, são “fiéis representações da Accenture”, com uma formação em constante movimento, impulsionada pela curiosidade genuína. Portanto, não são estáticos, não têm vícios e possuem ávida disposição de aprendizado contínuo. “Temos no Brasil uma equipe fantástica, criativa, ágil, surpreendente e inquieta, que já provou ter talento para gerar soluções em tempo recorde, apoiada em IA generativa”, afirma o líder. “Modernizamos nossa governança de dados, definimos guias e processos, além da redefinição das políticas de uso de dados. Fazemos a lição de casa e mostramos que as empresas precisam estar dispostas a adotar a disciplina de experimentação.”

Para ajudar a guiar as organizações nessa experimentação, a Accenture desenvolveu seis tópicos essenciais aos líderes de negócios (leia quadro), considerando entrega de valor, abordagem centrada nas pessoas, qualidade de dados proprietários, base tecnológica sustentável, inovação no ecossistema e o uso responsável e ético da inteligência artificial. Empresas líderes serão mais do que consumidores de ferramentas de IA. “Quem realmente desejar usar IA para se diferenciar se dedicará a customizar essa tecnologia preparando seus dados da melhor forma, modelando sua arquitetura, definindo modelos únicos em processos e aplicações das suas empresas, além de capacitar seus times”, diz Flávia.

Quarta onda

Mais de 175 bilhões. Este é o volume de parâmetros do modelo do Chat GPT 3.5, aplicativo da OpenAI que alcançou popularidade recorde – 100 milhões de usuários ativos apenas dois meses após seu lançamento – e despertou o mundo para o potencial transformador da Inteligência Artificial (IA), ao imitar diálogos humanos. A escala massiva que a IA generativa alcançou nos últimos meses é consequência direta do crescimento dos modelos dos conjuntos de treinamento, que resultaram em poderosos modelos pré-treinados. São os chamados “foundation models” (modelos fundamentais) e oferecem adaptabilidade sem precedentes nos domínios em que são treinados. A escala impressiona. O Google PaLM processa 540 bilhões de parâmetros. O Wu Dao, da China, 1,7 trilhão. O ChatGPT 4 chega a 100 trilhões.

Em sua jornada de evolução, a IA passou a fazer parte do dia a dia com os motores de recomendação de serviços de streaming ou de previsão da fidelidade de consumidores a um determinado serviço, movidos por machine learning no começo dos anos 2000. Muitas empresas se beneficiaram com ferramentas de “next best action”, que fornecem insights baseados em dados. Na década de 2010, o deep learning e as redes neurais, atentas à forma como os humanos percebem o mundo para processar dados, foram integradas ao cotidiano por meio de assistentes pessoas como Alexa e Siri. E, então, em 2019, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, cunharam o termo modelo fundamental para a Inteligência Artificial que chega ao atual momento de inflexão.

IA responsável

A Accenture, há algum tempo, defende a “IA responsável”, que define como a prática de projetar, desenvolver e implantar Inteligência Artificial que impacte de forma segura e justa as pessoas e a sociedade, enquanto constrói a confiança dos usuários. Para isso, os sistemas de IA precisam ser criados a partir de um conjunto diversificado e inclusivo de insumos que reflitam os ambientes comerciais e sociais mais amplos do ponto de vista de responsabilidade, justiça e transparência.

O otimismo em torno da nova tecnologia deve considerar que, quando a IA é projetada e colocada em prática dentro de uma estrutura ética, ela acelera o potencial de inteligência colaborativa responsável, em que a criatividade humana converge com a tecnologia. É isso que cria uma base de confiança com consumidores, profissionais e a sociedade, de forma geral, e pode impulsionar novas fontes de crescimento para as empresas e indústrias.

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