Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Investidor muda de opinião e aposta em corte dos juros

Investidor muda de opinião e aposta em corte dos juros

Por estadao

Os rumores cada vez mais constantes de que o Banco Central (BC) estaria sofrendo pressão para cortar a taxa de juros básica (Selic) imediatamente levou a uma mudança da tendência dos juros no mercado futuro. Os investidores elevaram a aposta numa redução da taxa na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que será realizada entre os dias 30 e 31 de agosto.

A chance de uma redução de 0,25 ponto porcentual no juro básico chegou a 40% durante as negociações ontem. A taxa do contrato de outubro de 2011, o mais sensível à decisão do próximo encontro do Copom, cedeu para 12,292%, de 12,34% no ajuste de quinta-feira. Foram negociados 588.100 contratos.

A taxa do contrato de janeiro de 2012 regrediu a 11,99%, de 12,09% no ajuste, com volume de 494.255 contratos. O contrato de janeiro de 2013 recuou para 11,19%, de 12,34%. A taxa do contrato de janeiro de 2014 (152.520 contratos) fechou para 11,27%, de 11,48% no ajuste. 'Os rumores sobre pressões do governo para redução da Selic têm feito preço. Quem vê essas notícias, se sente acuado e começa a vender', afirmou um operador, para quem há um 'grande exagero' no movimento. 'Ninguém quer ir contra o movimento do mercado. Assim, a queda de ontem provocou ordens de stop loss (operação que interrompe as negociações e limita as perdas) em algumas carteiras e isso potencializou ainda mais o recuo dos juros futuros', disse o gerente de renda fixa da Lerosa Investimentos, Fernando Vieira.

A precificação de corte na próxima reunião do Copom contrasta com as perspectivas dos economistas consultados pelo serviço AE Projeções, da Agência Estado, que mostraram que está fora de cogitação a hipótese de o Banco Central reduzir imediatamente a taxa Selic de 12,50%. Entre as 72 instituições financeiras consultadas, nenhuma acredita em corte da taxa básica na próxima semana. Mas operadores avaliam que as taxas da curva a termo estão distorcidas, justamente pelos movimentos de stop loss que colocam os DIs ainda mais para baixo.

As notícias que levaram a uma pressão por redução das taxas no mercado futuro diziam que o BC está sendo cobrado no governo para cortar a Selic. Uma reportagem do Globo ressaltou que a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm reiterado seu comprometimento de manter austeridade para criar o caminho para queda de juros.

E esse compromisso pode ser observado no resultado do setor público consolidado (governo central, estados, municípios e empresas estatais), divulgado ontem. Segundo o BC, houve um superávit de R$ 13,789 bilhões em julho, o que é o melhor número para o mês da série histórica. No acumulado entre janeiro e julho de 2011, o superávit de R$ 91,979 bilhões cumpriu 78% da meta para o ano. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, o superávit primário é de R$ 150,087 bilhões, o que representa 3,83% do PIB.

 

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