Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O importante é não estar no e-commerce só por estar. Foto: FastCompany

 

Vender pela internet: um mundo de possibilidades. Não importa em que lugar você esteja, pode vender para qualquer canto do Brasil (e, dependendo as condições, até do mundo). Pode vender 24h por dia. Pode divulgar de graça nas mídias sociais. E-commerce é, sim, um mundo de possibilidades, mas antes de você entrar com sua marca nesse novo canal de vendas, tem algumas coisas que você precisa pensar primeiro.

 

Aos poucos, o brasileiro de praticamente todas as idades, classes sociais e estilos de vida vão se acostumando à compra online. Vão-se derrubando barreiras ideológicas como o medo de ser lesado, seja passando o número do cartão de crédito num site da internet, seja com o produto chegar - e inteiro. Mas, mesmo com essa chance para aproveitar, não adianta entrar na roda só porque todos o estão fazendo.

 

Antes de tudo, fique atento ao seu público - é ele quem vai dizer como deve ser o seu e-commerce e até mesmo se você deve ter um e-commerce.

 

Por exemplo, vender para a classe C significa ter sites mais leves de carregar para internet mais lenta. Verifique o horário de compra do seu consumidor (no horário de almoço? à noite, em casa?) para falar com ele de forma mais efetiva, ou decidir quando disponibilizar serviços como o chat online.

 

Considere que o consumidor de luxo não necessariamente vai recorrer ao e-commerce se ele gosta de atendimento diferenciado na loja - se você trabalha com esse mercado, que tal investir numa classe B encabulada de entrar em lojas muito "chiques" e proporcionar boas chances de parcelamento? É conhecido o grande alcance que o plus size tem no ambiente online, dado nosso histórico de preconceito de lojas físicas pouco preparadas. Ao mesmo tempo, uma mãe que trabalha fora pode achar mais prático comprar roupas para as crianças online, já que ela não tem tempo e os pequenos "não param quietos" na loja.

 

Pense em qual é o seu público, quais suas necessidades e qual o canal para falar com ele na internet.

 

Joias e bijuterias não têm o mesmo problema que enfrentam o segmento de roupas e calçados: o risco da modelagem  e tamanho não darem certo. Mas as joias podem encontrar mais resistência no e-commerce que as bijuterias, principalmente as que simbolizam um ritual de compra. Enfim, entenda o seu público para saber se você deve ter um e-commerce e como ele deve ser elaborado.

 

 

 

Presença (positiva) nas mídias sociais é fator essencial. Afinal, são grandes as chances de o consumidor, se não conhece a sua marca, ir atrás de referências sobre ela. Além disso, principalmente se o seu consumidor for jovem, possibilite a ele comprar entre amigos - abuse do social shopping.

 

É mais barato converter clientes que você já em em compradores do que procurar novos compradores algures. Assim como faria na loja física, fidelize seu cliente com atendimento personalizado. Comece a construir seu próprio banco de dados com informação detalhada de seus clientes para oferecer sempre o que eles querem - ou possam querer. Aliás, aproveite o fato de que praticamente tudo na internet pode ser mensurado para realizar apenas ações efetivas de marketing e de vendas e não perder tempo e dinheiro.

 

No blog MMdaModa, Fábio Rangel fala sobre os mitos de um negócio na internet, e aqui a gente destaca o mais importante deles: não é porque é internet que tudo é de graça. Contrate uma boa ferramenta de e-commerce ao invés de uma gratuita - caso você não conheça nenhuma, o portal E-commerce Brasil cita sua lista de associadas aqui

 

No final, talvez o pior erro, mas também um muito comum, é  usar o e-commerce apenas "por usar". Aproveitar a oportunidade de venda online ou é para ser feito da maneira correta, ou desista. Deixar uma loja virtual abandonada, com poucos produtos ou produtos antigos é um erro comum inclusive de marcas nacionais renomadas. E nem pense então em mal-atendimento ou descaso com o cliente no caso de problemas na entrega ou pagamento. Não deixe por nada que a loja virtual queime o filme do seu canal de vendas tradicional.

 

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