São Paulo - Entre a crise e o inverno mais rigoroso dos últimos anos, os lojistas focados em roupas de frio pretendem encerrar o trimestre da estação com arrecadação de R$ 14,3 bilhões, alta de 6% sobre um ano antes. Apesar das projeções positivas, os empresários se mantiveram conservadores no planejamento do estoque.
"Para 2017, muito em função da crise econômica que estamos vivendo nesses últimos anos, e também pelo risco de não termos as mesmas temperaturas frias do ano passado, os varejistas foram mais conservadores no planejamento do estoque da coleção outono-inverno. Não houve um aumento substancial ante o ano passado", diz o diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Lima.
Segundo o IEMI - Inteligência de Mercado, o trimestre de inverno (junho, julho e agosto) representou 25% da receita do varejo de vestuário em 2016, o equivalente a R$ 44 bilhões. Para esta temporada, a estimativa da consultoria é de um avanço de 6% em valores nominais para o faturamento do setor no período.
A força das gôndolas
Para aquecer as vendas no inverno e não depender somente dos itens sazonais, o diretor do IEMI, Marcelo Prado, ressalta a importância dos varejistas estarem sempre atualizando a organização da loja de acordo com o clima; sendo necessário, por exemplo, utilizar as coleções de primavera e verão nos dias mais quentes.
"O inverno como estação em um país tropical como o nosso atinge apenas uma parte do Brasil. A principal direção para agregar valor às vendas é o frio, mas nem sempre o lojista poderá contar com isso. Então, ele deve trabalhar com diversas coleções de produtos e mudar a exposição da vitrine conforme a mudança do clima", indica Prado.
Segundo o diretor-executivo da Abvtex, o outono com temperaturas acima do previsto para a época fez com que o varejo não aprimorasse tanto as coleções de inverno. "Nós iniciamos o outono-inverno com uma certa preocupação porque as ondas de frio acabaram não vindo com a intensidade que nós esperávamos, mas agora nesses últimos dias elas vieram com bastante força", acrescenta Lima.
Assim como para o consumidor final, os custos para um investimento em artigos de inverno são elevados para as empresas do setor. Para conseguir se sobressair ante a concorrência, o executivo indica apostar na exposição dos produtos. "Algumas estratégias importantes que o varejo tem utilizado é a oferta de um mix variado dos itens de inverno e a forma como eles são expostos nas lojas, algo que chamamos de visual merchandising; que significa a arrumação da área de vendas de uma maneira mais atrativa, de forma que consiga conquistar o consumidor", aconselha Lima.
Vendas para crianças
Dentre os produtos do varejo têxtil, um segmento que se destaca é o de moda infantil. Exemplo disso, a Reserva Mini, vertente infantil do Grupo Reserva, pretende alcançar um faturamento de R$ 27 milhões na coleção de outono-inverno, cerca de 35% das vendas do ano. "As crianças estão sempre em crescimento e isso faz com que consigamos nos sobressair ante o mercado adulto", diz o gestor da Reserva Mini, Guilherme Abrunhosa. Com 15 lojas espalhadas entre Rio de Janeiro e São Paulo, o tíquete médio da Reserva Mini gira em torno de R$ 250.
De acordo com Marcelo Prado, o varejo têxtil infantil sofre menos por estar mais associado à compra por necessidade: "Se o adulto pode guardar o casaco que ele usou pouco em um ano, o infantil não pode. Em um ano a criança cresce suficientemente para que seja necessário comprar produtos novos", completa.
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