Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A China, o segundo mercado mundial do luxo e com a maior taxa de crescimento, deverá reduzir ou mesmo eliminar nos próximos meses os direitos alfandegários deste sector para encorajar a sua população a comprar localmente os produtos mais caros, segundo anuncia a imprensa estatal do país.

Pequim impõe taxas de importação de 50% para os produtos de cosmética e 30% para a relojoaria de gama alta, o que leva numerosos chineses a fazer ax suas compras em Hong Kong, Londres ou Paris, escreve o diário chinês 21st Century Business Herald, que revela que numerosos ministérios do país gostariam de alterar estes valores.

Citando fontes não identificadas, o jornal indica que o ministério das Finanças poderá apresentar um novo dispositivo fiscal antes de Outubro, para estimular as vendas de produtos de luxo na China, como os da Dior ou da LVMH, nas festas de fim de ano. O artigo refere reuniões à porta fechada entre fabricantes de produtos de luxo e responsáveis dos ministérios das Finanças e do Comércio para evidenciar este novo ambiente fiscal.

Este projecto incluir-se-ia no âmbito da política chinesa desenvolvida para fomentar o consumi interno e limitar a dependência de segunda economia mundial face às exportações.

Com o novo dispositivo fiscal, a fiscalidade à importação de cosméticos, relógios, vestuário, malas e calçado deverá diminuir ou ser completamente eliminada, de acordo com o quotidiano chinês. A China é o mercado com a maior taxa de crescimento para a indústria do luxo e deverá tornar-se número um até 2015 para estes produtos de acordo com a consultora PriceWaterhouseCoopers.
 
Segundo um inquérito realizado pelo próprio ministério do Comércio chinês, os preços de 20 marcas de relógios, malas, vestuário, bebidas espirituosas e aparelhos electrónicos grande público são 45% mais caras na China do que em Hong Kong, 51% mais caras do que nos EUA e 72% mais caras do que em França. Os turistas chineses são a primeira clientela estrangeira em França, com 650 milhões de euros de compras isentas de impostos em 2010, de acordo com uma pesquisa da Global Blue.        
   
Para o ministro chinês do Comércio, Yao Jian, há uma «tendência geral» na China para reduzir as taxas sobre os produtos de qualidade superior de forma a encorajar o consumo doméstico.

As vendas na China continental atingiram os 10,3 mil milhões de dólares (7,8 mil milhões de euros) em 2009, um aumento de 14% comparativamente com o ano anterior, segundo a consultora norte-americana Bain & Company. Se se incluir as compras de produtos de luxo efectuadas pelos chineses no estrangeiro, as vendas ascendem a 23,7 mil milhões de dólares. 

 

Fonte: Portugal Têxtil

 

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