Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Mão de obra qualificada nas confecções está em falta

imagem


A pesquisa publicada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) intitulada “Falta de Trabalhador Qualificado na Indústria”, mostra que faltam profissionais qualificados para atender à aceleração do crescimento industrial no Brasil. Não que não hajam desempregados, mas sobram vagas devido à falta de qualificação para o trabalho.

Os setores mais prejudicados são o petrolífero e informático, mas construtoras e confecções também sofrem com a carência de profissionais capacitados para impulsionar a produção onde os Programas governamentais de Aceleração do Crescimento (PAC) acentuam ainda mais a disputa por pessoas com formação técnica e tecnológica.

Em projeções do SENAI, para a indústria de confecção, há indicações que o Brasil não tem capacidade de oferta de profissionais para crescer 5% ao ano: faltam não apenas técnicos de nível médio mas também engenheiros, executivos e mesmo profissionais de alta qualificação científica e tecnológica.

Segundo o documento do SENAI, muitas dessas empresas estão com até 20% de suas máquinas paradas por falta de mão de obra qualificada. Situação esta que está inserida em um contexto em que empresários se veem obrigados a importar peças que necessitem de acabamentos especiais e sofisticados.

baixa qualificação estende-se em todos os setores de produção, como costureiras, modistas, estilistas, vendedores, designers, e atinge profissionais dos setores financeiro e de recursos humanos. Especialistas em trabalho e economia consideram que é preciso investimento do governo em treinamento de professores e também que os empresários e trabalhadores se conscientizem da relevância do treinamento e da qualificação profissional.

A falta de mão de obra qualificada atinge todo o processo produtivo das confecções/ Reprodução


A pesquisa da CNI argumenta que 75% das empresas de vestuário e 32,5% das empresas têxteis necessitam de mão de obra qualificada e que as pequenas e médias empresas são as que mais sofrem com a carência de recursos humanos de boa formação técnica: as empresas de vestuário são em sua maioria pequenas, enquanto as do setor têxtil são grandes.

Pequenas e médias empresas atuam na complementação da formação profissional, oferecendo estágios e maior abertura para os profissionais iniciantes, mas perdem muitos empregados para empresas maiores que oferecem mais benefícios e maiores salários.

Portanto, nas palavras de Marcio Pochman, finalizo: “É preciso aproximar as empresas dos centros de formação. Em países como Alemanha e Japão, o governo faz pesquisas que antecipam as demandas futuras por trabalhadores. Aqui, a qualificação é feita pela oferta de cursos e não pela demanda das empresas”.


Por Ana Luiza Olivete
Designer de Moda, Professora e Consultora Empresarial

Exibições: 485

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Comentário de Geralda F S Pereira em 9 fevereiro 2014 às 19:41

Ola boa noite,

Nossa oficina de costura cresceu bastante que agora foi preciso abrir mais vags de costureira, se caso alguem conheça o profissional por favor indicar para nos, costuramos todo tipo de malha, nosso contato 11 2481-4047 Geralda

Comentário de antonio Nogueira de Lucena em 9 fevereiro 2014 às 10:56

Sr. Robson, o senhor com 30 anos como representante do setor, infelizmente só conseguiu ver o sucateamento do mesmo, não viu a produtividade dos seus pares que vem despencando a cada dia, o comprometimento do empregado que não existe, o protecionismo trabalhista que é um terror para as empresas,  as obrigações e passivos trabalhistas que se agigantam... enfim, vocês, com raríssimas exceções, contribuem muito para este quadro caótico. Gostaria que ¨EMPREGADOS¨ como o senhor, mudasse de lado para conhecer a verdadeira realidade, mas sinceramente, não lhe desejo isto.

Comentário de Sussu Sayuri em 9 fevereiro 2014 às 0:35

Eu sempre faço esta pergunta, como sobram vagas se tantos desempregados?? E então como explicar o surgimento de tantos cursos livres e tantas faculdades de Moda em um década há mais faculdades do que alunos então???? Se sobram tantas vagas porque não divulgam em jornais comuns de maior circulaçâo, enim sou da área mas a minha preocupação maior é me fale então onde sobram vagas conheço muita gente com talento, formada e desempregada, enfim quais os requisitos para exigidos pelas Empresas ou na área da Moda no geral vale mais o QI(Quem Indica), e os salários não são bem pagos, aguardo uma resposta.

Comentário de Claudio de Almeida Lima em 8 fevereiro 2014 às 16:41

A industria têxtil está se sucateando tendo em vista os preços enfiados goela abaixo dos confeccionistas, e acaba virando um efeito dominó. Trabalho com o setor de estamparia localizada e a coisa, inevitavelmente, chega no meu colo. Esses preços de que falo não são somente os preços que sofrem pressão da China, Bangladesh, Turquia, India, etc... pois, de qualquer forma, as grandes redes de magazines têm como referencial, os preços desses países, onde a carga tributária é menor, o acesso `tecnologia acaba sendo mais barato, a mão de obra é mais barata e tem muito mais comprometimento com o trabalho para que é contratada. Hoje a mão de obra brasileira é de produtividade muito baixa pois não há comprometimento, haja visto que "perder emprego" hoje, virou prêmio para muita gente. O mínimo que o empresário tem que ter é , realmente, um ganho maior, pelo empreendedorismo, e, lembrem, empresário não trabalha somente 44 horas por semana, não tem 1/3 de férias, 13salário, FGTS, multa de FGTS, e muito menos, colocar o funcionário "no  pau", quando o funcionário causa prejuízo, não só material, mas tb de quebra de confiança do cliente, forçando a barra para ser "dispensado", o famoso "se não tá bão, manda embora!", pois na verdade é isso que esse tipo de indivíduo quer, sem se importar com  a empresa e também com os trabalhadores, colegas,  que lá trabalham, que de lá dependem. Aqui o espaço é pequeno para colocar que não se pode olhar somente um lado da moeda, O Sr. Robson, com 30 anos de representação, deveria ser um empreendedor, arregaçar as mangas e entrar na chuva. Sr. Robson, 30 anos na estrada, e não peitou o mercado ? Falar é facil !!!!!

Comentário de Robson Antonio do Nascimento em 8 fevereiro 2014 às 12:42

Os confeccionistas não pagam bem ,não investem em seus funcionários ,façam uma visita as confecções do meu estado ES , verifiquem as condições de trabalho , locais quentes ,cadeiras de madeiras e outras coisas que só vendo , filhos das costureiras estão estudando para não ser costureiras ,e as próprias costureiras estão buscando coisas melhores ,aliás como representante a 30 anos no setor ,sempre funcionou assim .reclamam de tudo ,nunca ganham dinheiro mas seus filhos viajam para o exterior todos os anos , trocam de carro todos os anos , compram bens e representantes ,industrias têxteis e seus funcionários cada vez mais sucateados ,muita coisa errada no setor !!! 

Comentário de Vanderli Chernioglo Cardoso em 8 fevereiro 2014 às 10:17

Olá membros do Textile !! Gostei da matéria sobre a falta de mão de obra em nosso setor vestuário.Entretanto, como profissional técnico em Vestuário, as empresas não contratam técnicos, apenas profissionais de setor como costureira, modelista, operador cad, etc...não é como em outros ( metalúrgica, plásticos e etc). Minha área de atuação é o cad, e cada vez mais vejo que o salário proposto é muito abaixo de nível técnico e as empresas estão recorrendo a treinamento de funcionários para assumir o posto com salários baixos... Veja, é uma observação que estou sentindo na pele. 

Obrigado pelo oportunidade !! 

Abraços a todos.

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço