Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Mais um “FALA SÉRIO!”: Com protestos e indignação nas ruas, o Tribunal de Justiça de São Paulo não teve o menor pudor em, na prática, dobrar o salário de seus desembargadores em 2013

A sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, no centro da capital: surdo aos reclamos das ruas (Foto: globo.com)

Pelo jeito, não adianta mesmo multidões de cidadãos irem às ruas contra “tudo isso que aí está” — a corrupção, a falta de vergonha na cara, os péssimos serviços de educação e saúde, os vícios e marmeladas que correm a vida pública brasileira.

Em plena efervescência nacional de protesto contra um monte de coisas que, certamente, inclui o nepotismo, a odiosa prática de integrantes dos três Poderes beneficiarem a parentela, encaixando pais, filhos, irmãos, sobrinhos, cunhados e o que mais seja em cargos públicos — de preferência sem concurso e sem mérito –, duas filhas de ministros do Supremo Tribunal Federal com currículos francamente magros estão em campanha para integrarem tribunais superiores.

Com a discreta — embora desmentida — forcinha dos país. E devem chegar lá, não tenham dúvidas. Já comentei no blog.

Justamente num período em que por causa do julgamento do mensalão, o Judiciário começa a recuperar a confiança da população, a iniciativa das duas jovens e a cumplicidade dos pais é o fim da picada!

Mas a coisa não para aí, na Justiça. Haja Conselho Nacional de Justiça para dar conta de tanta coisa.

Vejam SE TEM CABIMENTO a notícia abaixo, publicada hoje no Estadão – sobre um tribunal em que não cessam de acontecer coisas estranhas: já se encontraram funcionários que não trabalhavam, já houve casos de juros pagos sobre atrasados a desembargadores que não eram bem assim…

De todo modo, como quase sempre ocorre no Judiciário, e as explicações, embora envoltas em palavrório que escapa ao alcance do cidadão comum, fundam-se, todas, em lei.

A reportagem do Estadão deixou de fornecer uma informação adicional importante ao que publica: vocês sabem QUANTOS são os desembargadores de São Paulo?

360! Sim, amigos, são TREZENTOS E SESSENTA magistrados que receberam, na prática, salários em dobro.  E, por falar nisso, deve ser o tribunal mais numeroso do planeta.

Adiante:

TJ-SP paga R$ 213 milhões em ‘vantagens eventuais’ e salário de magistrados dobra

Folha de pagamento do TJ-SP revela que há casos de juízes que receberam como ‘vantagens eventuais’ valores que chegam a quase quatro vezes o teto constitucional, que é de R$ 25,3 mil

Fausto Macedo, Fernando Gallo – O Estado de S.Paulo

De tudo o que caiu na conta dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo em 2013, 47,2% vêm de uma rubrica denominada pela Corte de “vantagens eventuais”.

Na prática, juízes e desembargadores receberam no primeiro semestre, em média, um salário a mais por mês com essas vantagens. Nesse período, elas corresponderam a desembolso de R$ 213,3 milhões. Os rendimentos líquidos dos magistrados somaram R$ 451,6 milhões.

Em maio, 94 mil reais em “vantagens” 

A folha de pagamento do TJ-SP revela que há casos de juízes que receberam como “vantagens eventuais” valores que chegam a quase quatro vezes o teto constitucional, que é de R$ 25,3 mil.

Um desembargador recebeu em maio R$ 94,7 mil em vantagens – na conta dele caíram R$ 117,1 mil líquidos.

Vantagens eventuais contemplam extenso rol de situações e circunstâncias – previstas em lei, destaca o TJ -, a saber: abono constitucional de um terço de férias, indenização e antecipação de férias, gratificação natalina, antecipação de gratificação natalina, serviço extraordinário, substituição, pagamentos retroativos e Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), dispositivo endossado pelo Supremo Tribunal Federal que nivela os vencimentos do Judiciário com os do Legislativo.

Ainda sob o abrigo do guarda-chuva de rubricas e nomenclaturas estão verbas concedidas com base na Lei Federal 10.474/02 – que dispõe sobre remuneração da magistratura da União -, “já pagos na esfera federal” e “outras desta natureza”.

Vantagens “eventuais”, mas pagas nos seis meses do ano

Muitos pagamentos individuais vão além do limite do teto constitucional quase todos os meses. O contracheque passa ileso do corte porque os valores extraordinários, que estufam holerites, são relativos a benefícios devidos, mas atrasados e acumulados.

“O teto não abrange 13.º salário, férias e indenizações passadas”, afirma o desembargador Henrique Nélson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Embora sejam “eventuais”, as vantagens foram pagas nos seis meses do ano, o que elevou a R$ 213,3 milhões o desembolso relativo a esse item. Os rendimentos líquidos de juízes e desembargadores somaram R$ 451,6 milhões. O volume global de créditos, sem os descontos em folha, ultrapassou a casa do meio bilhão de reais – R$ 579,7 milhões, precisamente.

As informações sobre o contracheque da toga estão no portal do tribunal paulista, tornadas públicas na gestão do presidente da Corte, Ivan Sartori, em obediência à resolução do Conselho Nacional de Justiça.

Maio bateu o recorde. Desembolsos a muitos juízes quintuplicaram. O total de créditos foi a R$ 165,9 milhões, dos quais R$ 144,5 milhões de rendimento líquido – com descontos do imposto na fonte e previdência pública. Em vantagens eventuais, o pagamento atingiu R$ 104,9 milhões, ante R$ 21,9 milhões em abril.

“Auxílios”: alimentação, transporte, saúde, moradia, ajuda de custo…

Ainda em maio foram pagos R$ 2,57 milhões em vantagens pessoais, que alojam adicional por tempo de serviço, quintos, décimos e verbas decorrentes de sentença judicial ou extensão administrativa, mais “abono de permanência” – quando o magistrado já tem tempo para se aposentar, mas fica na ativa.

Juízes receberam, ainda, R$ 2,44 milhões em indenizações, fieira de sete auxílios: alimentação, transporte, pré-escolar, saúde, natalidade, moradia e ajuda de custo, “além de outras desta natureza”.

“Não há nada de ilegal, nem de imoral nos pagamentos”, atesta Calandra. “As vantagens eventuais têm que ser pagas. A magistratura tem direito, assim como recebeu valor elevado o ministro Joaquim Barbosa (presidente do STF), inclusive pelo tempo em que exerceu a função de procurador da República.”

Desembargador do TJ-SP, Calandra é taxativo. “As vantagens não são pagas muitas vezes por falta de verbas, muitas vezes por falta de vontade política. Todos esses pagamentos são discutidos e auditados.”

O desembargador Renato Sartorelli esclareceu que o acréscimo em maio diz respeito a antecipação do 13.º salário (70% por causa de seu aniversário), antecipação de férias e abono de permanência. “Em junho voltou ao normal. Nunca pedi antecipação de indenização, embora tenha créditos a receber em razão do largo tempo de serviço."

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

Exibições: 121

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Comentário de Romildo de Paula Leite em 24 julho 2013 às 10:50

“Auxílios”: alimentação, transporte, saúde, moradia, ajuda de custo…

Ainda em maio foram pagos R$ 2,57 milhões em vantagens pessoais.

Comentário de Romildo de Paula Leite em 24 julho 2013 às 10:50

  Assim é difícil o Brasil mudar, as mamatas começam nos cargos mais altos, para servirem de exemplo para os corruptos.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 23 julho 2013 às 22:05

Carissimo Romildo,

existem tres tipos de  suga/sangue.

o piolhinho que se reproduz na cabeça de  crianças.

o piolho(chato) que é prolifera nos pelos pubianos.

e o carrapato.

tres categorias. o carrapato, cresce ao ponto de  ficar maior que feijão tipo "fava".

cada femea produz centenas de filhotes que rapidamente ficam adultos, e vão fazer

iguais aos pais.

os carrapatos, acima citados sabem muito bem: MENTIR, DESTRUIR E MATAR.

SERÁ QUE AINDA VAI SOBRAR  SANGUE (DINHEIRO) EM S PAULO.  

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço