Embora muitas de suas casas tradicionais tenham fechado suas portas nas últimas décadas - são poucas as clientes que podem consumir para sustentá-las - a alta-costura parisiense se mantém. A alta-costura se refere a técnicas específicas de construção da roupa especialmente desenvolvidas em Paris, e que, para terem esse nome (haute-couture, em francês) só podem ser criadas ali.
A Maison Lesage, ateliê de bordados para a alta-costura, foi comprada pela Chanel em 2002. Ela faz parte da Paraffection, empresa criada pela marca em 1984 para preservar marcas tradicionais de couture. A Chanel, em vista dos ateliês destinados à produção da alta-costura, teve de comprar várias casas afim de que as técnicas não se perdessem. "Alta-costura sem bordado não existe", afirmou Karl Lagerfeld à Another Magazine, referindo-se ao grupo manter a Lesage em seu leque. Entre as empresas da Paraffection, a mais conhecida é a chapelaria maison Michel, mas há também empresas como a Desrues (joias) e a Lemarié (plumas).
A Chanel é responsável por cerca de 60% dos bordados encomendados na maison, que, apesar disso, não trabalha exclusivamente para ela - Yves Saint-Laurent, Dior, Christian Lacroix, dentre muitas outras, também já trabalharam com a Lesage.
A empresa de bordados foi inaugurada em 1924. Na verdade, o fundador, Albert Lesage, comprou a firma de bordados Michonet, que trabalhava para Charles Worth e para a corte de Napoleão III desde meados do século XIX. Trabalhou então nos anos 1930 com maisons como Madeleine Vionnet e Elsa Schiaparelli, sendo neste momento grande inovador. Com sua morte, em 1949, seu filho François herdou a casa - ele faleceria em 2011. Em 1992, a Lesage fundou também uma escola, para divulgar seus conhecimentos.
Vivian Berto
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