O aumento dos preços das passagens de ônibus em São Paulo foi o estopim para passeatas de protesto que começaram no dia 6 de junho, mudaram seu foco para vários temas de interesse público — como o gasto público com as Copas das Confederações e do Mundo e a votação da PEC 37 — e se transformaram num grande movimento que já abrangeu mais de 100 cidades do país e mais de um milhão de pessoas.
“O gigante acordou”, gritam nas ruas; “sai do sofá e vem pra rua”, convidam; “saímos do facebook”, informam.
Veja uma seleção de cartazes de manifestações — sobretudo em São Paulo e Brasília — que mostram a diversidade dos temas que ganharam as ruas:
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A REVOLTA DOS 20 CENTAVOS
Eu acho que a maioria das pessoas estão nas passeatas por motivos intuídos, mas ainda não claramente formulados. Por isso esta tendência de pauta muito grande e até contraditória. Porque isto? O que acontece? É que em uma democracia representativa as aspirações da população são levadas ao governo pelos seus representantes após debater as propostas. E o que acontece na realidade? Uma panelinha dentro dos partidos escolhe em que você vai poder votar. Inicialmente o PT tinha uma tradição de democracia interna que está sendo cuidadosamente desmontada pela
cúpula do partido. A própria candidatura da Dilma foi enfiada pela garganta abaixo do partido, que neste aspecto também, está se tornando igual aos outros. Assim não há correias de transmissão entre o povo e as estruturas do legislativo e executivo. Assim o que resta? Gritar na rua as suas verdades e necessidades, afrontar os poderes, a procura de quem o ouça. O procedimento democrático, de baixo para cima, nos partidos é uma urgente necessidade. O partido deveria ser o avalista dos candidatos que apresenta para cargos eletivos ou e confiança, sendo punido com exclusão de pelo menos duas candidaturas em caso de cassação. Como pode o partido ter exclusividade de indicação de candidatos e não responder por seus atos?
Todos no fundo querem a mesma coisa, serem ouvidos e levados em consideração fora do período eleitoral, querem troca de informações, querem acompanhar o forjar de seu destino, como indivíduo participante e não como tutelado.
O sistema de voto distrital seria um bom começo, mas só vai passarem em uma constituinte específica sem participação de políticos partidários Os políticos podem dizer que a mensagem passada pelas ruas é difusa, contraditória, confusa, e podem até dizer que não entendem, mas o que não escutarem agora vai ser gritado em seu ouvido, em outra esquina e em outro dia.
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