Fonte:|portugaltextil.com|
Apesar das evidências contra a utilização do politetrafluoretileno (PTFE) serem ainda inconclusivas, com o aumento das preocupações sobre a segurança na produção de têxteis funcionais repelentes da água, diversas marcas estão a promover alternativas ecológicas para o vestuário.
Numa tentativa de eliminar os receios associados com a utilização do politetrafluoretileno (PTFE), várias marcas de desporto, incluindo as germânicas Pyua e Vaude e a marca suíça Zimtstern, estão a produzir gamas de produtos que utilizam a nova membrana Sympatex.
A empresa Sympatex está agora a promover fortemente o facto de as suas membranas serem 100% biodegradáveis e completamente isentas de PTFE. A membrana Sympatex é certificada pela Bluesign e é composta apenas por oxigénio, carbono e hidrogénio. Além disso, a sua forma de produção permite a implementação de um sistema de reciclagem efectivo.
A Vaude comprometeu-se em tornar todos os seus produtos conformes com a certificação Bluesign e considera a sua aliança com a Sympatex como fundamental para esse objectivo. De acordo com o director-executivo desta empresa germânica, Antje von Dewitz, o objectivo é tornar-se «o fabricante de vestuário exterior mais amigo do ambiente da Europa. Para fazer isso precisamos de parceiros, como a Sympatex, que estão a evoluir na mesma direcção».
A Pyua recebeu um prémio Eco Responsibility Award na ISPO 2010 pelo seu casaco e calças de esqui modelo Climate 2L. Como todas as peças vendidas sob esta marca, a roupa é feita exclusivamente a partir de material reciclado. Além disso, o equipamento é também totalmente reciclável. Na comunicação feita pelos júris que atribuíram o prémio foi salientado o facto de este produto estar isento de PTFE.
Outros prejuízos à reputação do PTFE podem ter sido causados por uma declaração emitida pela Helly Hansen, associada ao lançamento da nova colecção chamada Ekolab. A empresa vangloria-se que, para além dos seus atributos de desempenho, a membrana protectora no seu casaco e calças da linha Ekolab, a North Marker, é à base de poliuretano e «elimina a necessidade de PTFE prejudicial para o meio ambiente e usado normalmente por outras marcas».
Sem recear a atenção negativa que o PTFE recebeu, a WL Gore – que utiliza PTFE expandido (ePTFE) em quase todos os seus processos e possui mais de 2.000 patentes sobre o material e a sua utilização em todo o mundo – lançou recentemente um novo tecido, designado Gore-Tex Active Shell, que afirma ser o material mais impermeável e respirável produzido até à data. O Active Shell deverá chegar tornarão mercado no Outono de 2011 nas linhas de uma série de marcas líderes, incluindo: Arc'teryx, Berghaus, The North Face, Haglöfs e Mountain Equipment.
A WL Gore não se pronunciou especificamente sobre as acusações feitas contra o PTFE, mas suporta o objectivo da legislação REACH da União Europeia, que é para «assegurar um elevado nível de protecção da saúde humana e do meio ambiente reforçando simultaneamente a competitividade e a inovação». Dado que o REACH tem sido criticado em muitos quadrantes por ser demasiado rigoroso, é reconfortante saber que o ePTFE e todos os componentes químicos utilizados na sua produção respeitam a legislação.
Deve-se ressaltar que as provas contra o PTFE permanecem inconclusivas e não evidenciadas. Mas a crescente preocupação ecológica e a capacidade dos concorrentes para proclamarem as suas credenciais ambientais poderão ser o calcanhar de Aquiles do PTFE e das suas aplicações.
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