Fonte:|portugaltextil.com|
Com a recuperação económica, os americanos alteraram os hábitos de consumo. Comprar na Gucci e na Target tornou-se um hábito do quotidiano. Para trás ficam as marcas de gama média, que não satisfazem quem quer luxo nem quem não perde uma boa pechincha.
«Queremos Gucci, Louis Vuitton, Burberry ou Target, não me venham com Gap». Esta poderia muito bem ser uma afirmação do consumidor médio norte-americano após a crise económica e financeira ter alterado profundamente os hábitos de consumo neste país.
Depois da tempestade económica pela qual passaram, os cidadãos da maior economia mundial estão agora preparados para pequenos luxos, apesar de continuarem a poupar e a cortar despesas no dia-a-dia. Isto é, se as marcas de moda querem os seus dólares, terão mesmo que propor produtos que fascinem ou que, pura e simplesmente, sejam muito baratos, garantindo de igual forma a funcionalidade a que se destinam com a qualidade indispensável.
Perante este cenário, quem tem vindo a ganhar quota de mercado são as marcas dos segmentos mais elevados e as marcas brancas ou de retalhistas “hard discount”, deixando para trás as conhecidas marcas do “meio da tabela” que faziam parte até agora do imaginário de consumo norte-americano.
Depois de terem “perdido o fôlego” durante o auge da recessão, as marcas de artigos de luxo, têm vindo a recuperar a sua posição de forma consistente, com crescimentos na ordem dos 10% aos 12% face ao ano passado. Uma taxa de crescimento que dobra o valor registado no retalho em geral.
«As pessoas estão dispostas a pagar um prémio por algo que lhes entregue luxo e exclusividade», afirmou Milton Pedraza, presidente-executivo do Luxury Institut, uma organização que analisa os níveis de consumo junto das camadas mais abastadas da população – aquelas com rendimentos anuais superiores a 150 mil dólares. «Estas pessoas irão comprar menos artigos, mas artigos mais caros. Existe agora uma maior consciência sobre o valor intrínseco das coisas», acrescentou o especialista.
Mas com esta postura de procura pelo valor, os consumidores estão também atentos a cadeias de retalho que ofereçam marcas consagradas e do topo do mercado com desconto, como é o caso da TJ Maxx e do site Gilt Groupe.
No cenário actual, os altos e baixos em termos de padrões de consumo estão a colocar, no mercado americano, marcas de valor médio, como a Gap, Ann Taylor e Chico’s, numa má posição. Além dos tradicionais consumidores de vestuário em cadeias como a Target ou mesmo a Wal-Mart, muitos dos consumidores que compram luxo estão cada vez mais a misturar este tipo de peças com, por exemplo, jeans de baixo custo. Uma situação que deixa as restantes marcas em situação difícil e que apela à sua criatividade para a recuperação das suas quotas de mercado.
Muitos consumidores preferem, assim, ter uma peça da Chanel que combinam com uns jeans comprados na Target ao invés de terem uma grande variedade de roupas compradas nos retalhista do segmento médio e que, segundo eles, não lhe trazem o mesmo prazer, nem o mesmo estilo.
Uma tendência que começa a ser notada também é a mistura de peças de vestuário básicas e simples com acessórios diversificados que completam, assim, o look dos consumidores.Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI