Revoltado com sua prisão, Marcelo Odebrecht ameaçou entregar Lula e Dilma Rousseff.
Antes de ser levado pela Polícia Federal na manhã de sexta-feira, segundo a Época, ele fez três ligações.
Uma delas para um amigo que tem interlocução com Dilma e Lula – e influência nos tribunais superiores em Brasília.
“É para resolver essa lambança”, disse Marcelo ao interlocutor, determinando que o recado chegasse à cúpula de todos os poderes. “Ou não haverá República na segunda-feira.”
Ui!
Nas últimas semanas, segundo fontes ouvidas pela revista, o presidente da Odebrecht teve encontros secretos com petistas e advogados próximos a Dilma e a Lula.
“Transmitiu o mesmo recado: não cairia sozinho. Ao menos uma dessas mensagens foi repassada diretamente à presidente da República. Que nada fez.
Quando os policiais amanheceram em sua casa, Marcelo Odebrecht se descontrolou.”
Que bom.
Antes mesmo de chegar à carceragem em Curitiba, ele estava “agitado, revoltado”, nas palavras de quem o acompanhava.
Ótimo.
Seu pai, Emilio Odebrecht, patriarca da família que ergueu a maior empreiteira da América Latina, já vinha tendo acessos de raiva com o avanço da Operação Lava Jato:
“Se prenderem o Marcelo, terão de arrumar mais três celas”, repetia ele. “Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
Perfeito. Estamos na torcida para não haver República do PT na segunda-feira.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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