Entre março de 2009 e março de 2011, o preço médio do algodão aumentou 346% enquanto o índice de preço global para as fibras sintéticas – um cabaz ponderado dos preços de fibras acrílica, poliamida, poliéster e polipropileno – aumentou 71%. Desde então, os preços têm caído, mas em janeiro de 2012 ainda estavam muito acima dos níveis registados em março de 2009, de acordo com a última edição da Textile Outlook International.
Refletindo estes aumentos, os fornecedores de têxteis e vestuário para a UE aumentaram os seus preços 9,2% em média em 2011, passando dos 8,16 para os 8,91 euros por kg. Além disso, em termos de dólares, o preço aumentou ainda mais rapidamente, na ordem dos 14,6%, passando dos 10,81 para os 12,39 dólares por kg.
O efeito foi a quase extinção da recuperação no mercado, que tinha sido recebida em 2010 na sequência da recessão registada no ano anterior. Em termos de volume, as importações da UE provenientes de países fora da UE aumentaram apenas 0,5% em 2011 depois de terem crescido 9,0% em 2010.
No mercado dos EUA, o efeito dos aumentos de preços foi ainda mais dramático. Em 2011 o preço médio das importações de têxteis e vestuário aumentou 12,2% para os 1,89 dólares por metro quadrado equivalente – o seu nível mais alto desde 2001. No entanto, enquanto as importações da UE aumentaram marginalmente em termos de volume, houve uma inversão significativa nos EUA na medida em que as importações caíram 3,2% em volume após um crescimento de 19,0% no ano anterior.
O preço médio das exportações de têxteis e vestuário da UE também subiu significativamente durante o ano, aumentando 13,7%.
Refletindo esta evolução, não é surpreendente que um dos temas principais de conversa nas recentes feiras de fios europeias seja o alto custo das matérias-primas, especialmente do algodão e da lã. Com efeito, fiações e tecelagens estão a sentir dificuldade em dar preços a prazo para os seus produtos devido à volatilidade nos preços do algodão, resultando no aumento do interesse pelo linho e viscose.
O interesse em fibras de substituição já era aparente nas importações norte-americanas em 2011. O aumento do preço médio de importação foi mais forte no caso do vestuário de algodão do que em roupa à base de outras fibras e estas diferenças de preços foram refletidas nos volumes de importação. No caso do vestuário de algodão, as importações caíram 10,2%, na medida em que foram constrangidas por preços mais elevados. Por outro lado, as importações de vestuário fabricado com fibras não-naturais aumentou 14,9%.
À medida que as fiações aguardam notícias da colheita de algodão de 2011/12, o futuro do mercado de algodão em bruto permanece incerto. Embora a extrema volatilidade dos preços observada em 2009/11 tenha moderado, a volatilidade dos preços pode ser algo com que a indústria de fibras, têxteis e vestuário tenha que viver no futuro previsível.
FONTE: PORTUGAL TÊXTIL
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