Um índice promovido pela consultoria KPMG, mostrou que o imposto médio brasileiro sobre uma empresa é de 34% sobre a receita anual. A média aplicada pela maioria dos países latino-americanos é de 28,5%.
Em conversa com o Instituto Millenium, a consultora tributária Sueli Angarita apontou alguns prejuízos que a alta carga de impostos, somada às altas taxas de juros e valorização do real perante o dólar, traz para os vários setores da economia.
Segundo a especialista, um primeiro reflexo da alta tributação das empresas é percebido no bolso do consumidor: “Tudo que é recolhido pelos cofres públicos das empresas é repassado no preço final dos produtos. No momento em que a área comercial de qualquer corporação vai definir preços, a carga tributária deve ser pensada antes da margem de lucro. Como no Brasil ela é alta, os preços sobem”, afirmou.
Brasil é o 17º país que mais cobra impostos de suas empresas
Sueli criticou a complexidade do sistema tributário que dificulta o “espírito empreendedor” e destacou a necessidade da preocupação com os impostos para o bom andamento de um negócio: “Quando a figura do Microempreendedor Individual (MEI) foi instituida, a mídia divulgou as facilidades de se tornar empreendedor, de que bastava apenas se cadastrar no website, mas as coisas não vão por aí. As pessoas se formalizam e ficam perdidas com o que fazer, já que a questão tributária é complexa. Ainda há a necessidade de assessoria profissional, mas muitas pessoas não querem arcar com mais esta despesa”.
A especialista comentou que a partir do mês de julho, as empresas de Lucro Presumido tem obrigatoriedades com a escrituração fiscal digital pra o PIS e COFINS. “Uma pessoa que não tem consultoria desta natureza não tem condições de entender”, pontuou. “Até os especialistas tem muito o que discutir e questionar sobre todas essas questões, porque a legislação dá brechas para varios entendimentos, a receita adia prazos e há falha no sistema. Como alguém que está precoupado com a gerência de seu negócio pode se preocupar com isso?”, completou.
Sueli também falou sobre os danos que os impostos elevados causam ao investimento externo: “Quem olha a gente de fora vê muitas promessas devido à visibilidade do país, mas também enxerga o custo Brasil, que faz o investidor pensar duas vezes. Os custos são muito grandes, por exemplo. As empresas fazem a retenção do INSS do trabalhador além de 20% do INSS Patronal patronal. Não há retorno desses impostos em serviços eficientes, por isso paga-se também plano de saúde para o trabalhador”.
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