De acordo com a apuração do ministério do Trabalho, agosto registrou aumento de vagas em todos os segmentos monitorados. O saldo entre admitidos e demitidos ficou positivo para a indústria têxtil e de vestuário, para o comércio varejista e atacadista. O Brasil fechou o mês com 1,76 milhão de vagas no mercado de moda. Deste total, indústria têxtil e de vestuário respondem por 58,4% dos empregos, outros 39,3% são sustentados pelo varejo e os 2,3% restantes representam os postos do comércio por atacado.
Na indústria, o saldo de agosto foi pequeno, de 159 contratações, e interrompe uma sequência de três meses consecutivos de quadro em queda. Quanto ao varejo, agosto é o primeiro mês do ano a apresentar saldo positivo e representativo, pois, criou 3.181 vagas a mais. Com quadro de pessoal menor que as outras duas atividades, também o atacado ficou com 36 postos a mais do que tinha em julho, com agosto sendo o segundo mês de aumento de pessoal (abril foi o outro).
A retomada do mercado de trabalho nas quatro atividades não foi, contudo, horizontal, de modo a atingir todos os estados. Enquanto 14 estados reduziram vagas na indústria, 13 expandiram as contratações. São Paulo foi o estado que mais cortou postos, sendo seguido de longe por Rio de Janeiro e menos ainda por Ceará. Na outra ponta, Santa Catarina lidera os estados com maior saldo positivo dos empregos industriais, depois vêm Minas Gerais e Goiás, nesta ordem.
O comportamento do comércio fugiu um pouco desse desempenho. O varejo que concentra o maior número de trabalhadores foi o segmento que cresceu em mais estados. Apenas seis unidades federativas reduziram as vagas, além do Distrito Federal que manteve o quadro sem alteração em relação a julho. A reação do atacado seguiu mais ou menos o comportamento do emprego industrial com 11 estados demitindo mais que admitindo, outros três mantiveram estável o número de vagas e 13 registraram mais postos de trabalho preenchidos.
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Jussara Maturo
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