Estudo feito pela Fiesp mostra como a pirataria, os roubos, os furtos, a importação ilegal, o contrabando e o não pagamento de impostos afetaram 9 setores da indústria paulistana, dentre eles o de brinquedos.
Sarah Toledo, Agência Indusnet Fiesp
Com as festas de fim de ano, as compras de presentes tendem a aumentar. A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é de que o Natal movimente R$65 bilhões em 2022. Dentre os produtos procurados, os brinquedos estão sempre presentes e englobam um mercado ilegal bilionário.
O mercado ilícito de brinquedos movimentou R$ 2,2 bilhões entre 2017 e 2022. Os dados fazem parte do Anuário de Mercados Ilícitos 2018-2022 elaborado pela Fiesp. Este mercado envolve pirataria, roubos, furtos, importação ilegal, contrabando e não pagamento de impostos. O estudo mostra também que R$ 68,58 milhões foram perdidos anualmente em impostos por este mercado. O que poderia custear 286 escolas de ensino básico (ou 137.092 alunos), ou 295 hospitais.
A pirataria, a falsificação e o contrabando são os principais fornecedores da produção ilícita de brinquedos no estado de São Paulo. Também têm impacto o furto e o roubo de cargas e varejistas. Os consumidores de baixa renda são os principais afetados por este mercado e o estudo ainda faz um alerta sobre a falta de informação acerca dos possíveis malefícios decorrentes do consumo de produtos falsificados e pirateados.
Brinquedos contrabandeados ficam mais expostos a produção com tintas tóxicas que contêm maior teor de metal em sua composição, como o chumbo, por exemplo, usado para destacar a cor e chamar a atenção. Baterias e conexões elétricas sem regulamentação correm o risco de dar choques. Peças fora das normas, pequenas e de qualidade inferior, podem se soltar e ser engolidas pelas crianças. Pontas agudas e bordas cortantes também podem ser encontradas nesses brinquedos. Alguns produtos podem conter materiais de alta combustão e que produzem ruídos acima do permitido. Há casos de brinquedos que são fabricados com plásticos reciclados sem tratamento, inclusive de objetos hospitalares descartáveis.
Os brinquedos considerados no estudo foram: reprodução do mundo real (jogos de panela, móveis, kit mecânico), blocos de construção (encaixes para montagem de estruturas), bonecas e bonecos em geral e seus acessórios, veículos (carrinhos, motos, pistas), puericultura (chocalho, móbile), jogos (tabuleiros, cartas, figuras, memória), pelúcia, madeira, eletroeletrônicos e visuais (tablets e laptops de brinquedo, perguntas e respostas), esportivo (patins, patinete, triciclo) e fantasias. Não foram considerados no estudo objetos e materiais eletrônicos de maior grau tecnológico que também podem ser usados para fins lúdicos e para entretenimento, como vídeo games, tablets e computadores.
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