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Os suíços de St. Gallen gostam de fazer graça quando contam da conexão direta de trem que um dia houve entre a cidade e Paris. No século XIX, St. Gallen foi uma espécie de capital europeia da indústria têxtil. Os moradores dizem que a conexão foi desativada porque Paris perdeu a importância. A cidade suíça, capital do cantão (Estado) de mesmo nome, perdeu a relevância mundial, mas manteve representantes ilustres na cena da moda internacional. Jakob Schlaepfer é um deles. A empresa produz tecidos para coleções de prêt-à-porter e alta-costura para Chanel, Gaultier, Marc Jacobs, Vivianne Westwood e outros. Schlaepfer é também uma das faces de uma Suíça inovadora e contemporânea que ganha visibilidade graças à sua indústria criativa.
Em St. Gallen, outro nome importante do mundo da moda é o de Albert Kriemler, designer da grife Akris. A marca é administrada pela sua família há três gerações. Suas coleções são vendidas em mais de 500 pontos pelo mundo, entre os quais lojas próprias em Paris, Nova York, Londres, Monte Carlo, Hamburgo e Viena. A empresa tem sede em St. Gallen e é dirigida por Albert e o irmão, Peter.
Criativos e bem mais descontraídos são outros dois irmãos, Daniel, de 38 anos, e Markus Freitag, de 39. Foi deles a ideia de desenhar bolsas e acessórios com lonas usadas de caminhão. As peças se transformaram num hit entre os jovens do país e também dos da Alemanha. A empresa fica em Zurique, tem 80 funcionários e cerca de 500 fornecedores. A produção anual passa das 200 mil peças e é exportada para 20 países.
Entretanto, o que talvez seja o mais emblemático nome da indústria criativa suíça não é ninguém do mundo da moda, mas, sim, do design. Vitra, a fábrica de móveis fundada nos anos 50, é uma grife internacional cujas peças mobíliam os escritórios da BBC, da Lufthansa, da Fifa, do Google, L'Óreal, Microsoft, "New York Times", Rolex... uma lista longa e prestigiosa. Mais que uma fábrica - com subsidiárias em 18 países, entre eles o Brasil -, a Vitra, cuja sede fica em Birsfelden, perto de Basileia, na Suíça, abriga um museu de design e um acervo genial de móveis modernos.
A Suíça também tem outra estrela da indústria criativa, que é o mercado de arte. A cidade de Basileia sediou neste ano a 40ª edição da Art Basel, a maior feira de arte contemporânea do mundo, que, mesmo com a crise, deixou galeristas de todo o planeta empolgados com o volume de negócios realizados. (MMS)
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